31.12.2022 às 20:17h - atualizado em 31.12.2022 às 20:33h - Brasil
O presidente em exercício, Hamilton Mourão, criticou neste sábado (31) "lideranças" que, "com o silêncio", deixaram crescer um clima de desagregação no país e levaram para as Forças Armadas a conta da "inação" ou de um "pretenso golpe"
Mourão fez um pronunciamento de fim de ano transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão.
"Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desasgregação social. E de forma irresponsável deixasse que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta. Para alguns, por inação, e para outros por fomentar um pretenso golpe ", afirmou Mourão.
Senador eleito, Mourão é o presidente em exercício porque, na sexta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro viajou para a Flórida, nos Estados Unidos. Assim, Bolsonaro termina o mandato em solo estrangeiro. Neste domingo (1º), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assumirá a Presidência.
Mourão não citou nomes em sua fala de pouco mais de 8 minutos. Ele fez referência aos pedidos de parte do eleitorado de Bolsonaro para que as Forças Armadas atuassem para reverter o resultado da eleição.
Nos dois meses que se seguiram ao resultado da votação, Bolsonaro se manteve recluso na residência do Palácio da Alvorada e praticamente não falou em público, enquanto seus apoiadores acampavam em frente a quartéis do Exército fazendo reivindicações antidemocráticas.
Sem falar diretamente dos acampamentos, Mourão disse que é "equivocada" a "canalização de aspirações e expectativas para outros atores públicos que, no regime vigente, carecem de lastro legal para o saneamento do desequilíbrio institucional em curso".
Mourão afirmou também que a "alternância de poder em uma democracia é saudável e deve ser preservada" .
Fonte: G1
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