30.09.2025 às 15:40h - Santa Catarina
Santa Catarina registra a segunda menor taxa de analfabetismo do país entre pessoas com 15 anos ou mais./ Os dados compõem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgados pelo IBGE. A modalidade Educação é anual e os últimos resultados referem-se ao segundo trimestre de 2024./ Santa Catarina registrou taxa de analfabetismo de um vírgula nove pore cento, ficando atrás somente do Distrito Federal, que apresentou um vírgula oito./ No Brasil, a média de analfabetismo foi de cinco virgula três por cento, três vezes maior que a registrada pelo estado catarinense./ A Região Sul apresenta a menor taxa de analfabetismo entre as pessoas de 15 anos ou mais./ O índice médio da região é de dois virgula sete por cento.////
Caminhoneiros autônomos e empresários do setor de transporte buscam alternativas para mitigar o impacto do preço do diesel no faturamento. O cenário é crítico em Santa Catarina, que registra o litro mais caro entre os três estados do Sul do país, com uma média de R$ 6,12 — valor superior também à nacional de R$ 6,00. As informações são da reportagem de Grazi Guimarães, da NSC TV.
Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que Santa Catarina lidera o preço do diesel no Sul, seguido pelo Rio Grande do Sul (R$ 6,08) e Paraná (R$ 5,91). Dentro do estado, Blumenau possui o litro mais caro, a R$ 6,51, seguida por Concórdia (R$ 6,49) e Itajaí (R$ 6,24). A capital, Florianópolis, aparece na sétima posição estadual, com o litro a R$ 6,14, valor também acima da média nacional.
Para Nelson Caetano, caminhoneiro há 38 anos, a situação atual é insustentável.
— É um absurdo. A gente trabalha gastando 50% só com diesel. Isso aí deveria ter um ajuste pra baixar. Estão aumentando cada dia mais. É o que está acabando com a gente. Está quebrando os autônomos. Muitos estão parando de trabalhar, perdendo emprego, firma fechando por causa do diesel — desabafa.
A oscilação do combustível define a margem de lucro tanto para profissionais autônomos quanto para grandes empresas. Juliano Bordignon, vice-presidente da Cootravale Transporte, que coordena uma frota com mais de 200 caminhões, explica que o diesel se tornou o principal custo da operação.
— Hoje, o diesel é o principal custo da planilha do empresário, chegando a representar em algumas operações de 45% a 50% dos gastos — afirma.
Bordignon critica a desconexão entre os preços internos e o mercado externo:
— Mesmo com o dólar baixo e o petróleo caindo, o diesel não segue mais a política internacional. Os preços oscilaram muito este ano. Na mesma semana, pode subir e depois cair.
Impacto nas estradas
Os números comprovam o peso do combustível. Um motorista que roda, em média, de 8 a 10 mil quilômetros por mês, pode consumir cerca de 4 mil litros de diesel:
— Dependendo do ano do caminhão e da motorização, a conta pode chegar fácil R$ 25 mil ou R$ 26 mil por mês — detalha Juliano Bordignon.
Diante dos custos elevados, a saída encontrada pelos motoristas é a economia no dia a dia.
— A gente tenta não gastar muito, segurando, sem acelerar demais. É como a gente diz: tem que levar o caminhão no colo. Eu também conto com o sindicato, que dá desconto, e com cadastro em postos. Isso ajuda bastante. Mas ainda assim continua caro — relata Marcos Roberto Marques, caminhoneiro há uma década.
Empresários também buscam soluções em grupo.
— Nós temos hoje três bases espalhadas pelo Brasil, onde tentamos comprar direto da refinaria e proporcionar ao nosso cooperado, que viaja o país inteiro, uma redução no preço do combustível — explica Bordignon.
A reportagem tentou contato com o economista Eduardo Guerini para explicar os motivos dos preços elevados em Santa Catarina, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Fonte: NSC Total
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