30.08.2023 às 21:00h - atualizado em 31.08.2023 às 08:43h - Agricultura
A infestação da Cigarrinha é motivo de preocupação no cultivo da safra de milho em municípios da região. O zoneamento agrícola no Extremo Oeste iniciou em 1º de agosto e muitas áreas já possuem plantas em desenvolvimento.
Conforme o Extensionista Rural da Epagri de Itapiranga, Marcelo Rohden, o número de pragas é maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Ele observa que em cada lavoura a situação é diferente, porém, predominantemente o ataque da praga é preocupante e pode causar elevados prejuízos ou até mesmo acabar com a safra. O agrônomo alerta que é essencial o máximo de cuidado para o monitoramento e controle nos primeiros sinais de infestação da praga.
A pouca intensidade do frio prejudicou os produtores rurais, pois a temperatura é um controle natural da Cigarrinha. Marcelo Rohden salienta que acima de 25 graus, a Cigarrinha inicia a postura de ovos no milho recém emergido e já inicia o ciclo de reprodução, ampliando o problema. Segundo o Extensionista da Epagri, o grande número de Cigarrinha adulta, que não morreu durante o inverno, pode dizimar lavouras de milho, principalmente quando o ataque ocorre de forma precoce e não ocorre o controle com defensivos agrícolas. A preocupação é grande, pois além de sugar a planta, a praga deposita doenças que afetam o milho durante o desenvolvimento. Marcelo Rohden lembra que o controle pode ser feito com produtos químicos e biológicos. O agrônomo observa que o produto biológico permanece por mais tempo nas plantas e adoece a Cigarrinha.
Marcelo Rohden menciona que o aumento de custo de produção é mais uma preocupação. O Extensionista observa que o maior investimento é na implantação das lavouras, e com isso, não pode ser economizado no controle das pragas. O agrônomo diz que pode ocorrer a necessidade de várias aplicações de produtos para o controle de praga. Rohden reforça que o descuido no monitoramento pode provocar a perda total de lavouras. De acordo com o Extensionista, as visitas nas áreas plantadas devem ocorrer em média a cada dois ou três dias para ter maior eficiência na aplicação de defensivos.
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