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A previsão de fortes rajadas de vento no extremo Sul de Santa Catarina motivou a suspensão da retomada dos voos de balão em Praia Grande após a tragédia com o incêndio e queda de uma aeronave matando oito pessoas, em 21 de junho. A volta das viagens estava prevista para a terça-feira (1º), nove dias após o acidente.

A informação da suspensão foi confirmada pela Comissão Técnica de Segurança Para Voos da Associação de Voos de Instrução de Balão de Ar Quente de Praia Grande (Avibaq), que reúne empresas do setor, que realizam cerca de 600 viagens por mês na Capital dos Cânions.

"INDICATIVOS: fortes rajadas provocadas por sistema de baixa pressão em atuação na região, seguindo para o mar. Condições inseguras para voo", diz o comunicado.

A associação esclarece, porém, que o boletim técnico tem caráter exclusivamente orientativo, servindo como recomendação e que não tem autoridade legal para liberação ou proibição de voos. A expectativa é a retomada na quarta-feira (2).

A criação do boletim diário de condições meteorológicas, visando antecipar o tempo para os voos, é uma das novas medidas implementadas pela categoria para dar mais segurança a atividade, responsável pelo principal vetor econômico do município de 8 mil habitantes.

A atividade turística, porém, vive a expectativa da regulamentação. Atualmente, o balonismo turístico no Brasil não conta com regras técnicas específicas.

As regras em vigor se referem ao balonismo desportivo, sob responsabilidade da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ou seja, não há regras definidas para voos de balão transportando pessoas mediante cobrança de passagens.