30.06.2021 às 16:28h - atualizado em 01.07.2021 às 08:33h - Polícia
A Polícia Civil de Descanso finalizou o inquérito que apurou as circunstancias da morte de Mauriceia Estraich. Em uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira, 01, o Delegado Cleverson Muller confirmou que o homem preso no dia do crime foi indiciado por homicídio com quatro qualificadoras: motivo fútil, fogo, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. O delegado confirmou que o indiciado é cunhado da vítima, mas não citou o nome do homem. A Peperi apurou com familiares que se trata de Lucas Rodrigues. O inquérito tem 375 páginas, 31 depoimentos, nove laudos periciais e sete relatórios com detalhes do crime. O material foi remetido ao Ministério Público de que deve ajuizar a ação penal contra o indiciado.
O inquérito da Polícia Civil apontou que Mauriceia Estraich estava viva quando a casa foi incendiada. Ainda de acordo com o Delegado Cleverson Muller, os exames periciais indicaram que ela sofreu algum tipo de agressão e que ela respirava quando o fogo começou. O Delegado também destacou que o cunhado de Mauriceia chegou no local cerca de 20 minutos antes do fato, entrou na casa e agrediu a vítima. Em seguida, ele teria usado gasolina comum para colocar fogo na casa. A Polícia Civil também encontrou uma trilha de sangue humano perto da residência e um cabo de faca com sangue. O material ainda carece de exames mais específicos, mas o delegado acredita que esses indícios tenham alguma relação com o contexto do crime.
O homem indiciado pela morte de Mauriceia Estraich foi inquerido em quatro oportunidades e confessou parcialmente a autoria do crime somente na última vez que prestou depoimento ao delegado Cleverson Muller. No dia 14 de junho, o cunhado de Mauriceia disse que sabia que ela estava sozinha na madrugada do dia 29 de março e foi até o local. Segundo o indiciado, ele bateu na porta e quando ela abriu, ele aplicou dois golpes conhecidos como “mata-leão”. Mauriceia perdeu os sentidos. O homem disse que pensou que ela estivesse morta e ateou fogo no corpo. Ele também afirmou ao delegado que estava sob efeito de drogas, mas não falou sobre motivos que o levaram a cometer o crime. A Polícia Civil apurou ainda que, em um momento anterior, Mauriceia teria sido contrária a ideia do cunhado morar com o casal porque ele teria “dado em cima” dela. O fato criou uma mal-estar e motivou algumas discussões entre os dois, mas isso não foi confirmado como causa do crime.
Comentar pelo Facebook