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Em uma reunião recente realizada na cidade de Chapecó por um grupo de Secretários municipais da Associação dos municípios do Oeste de SC (Amosc), foi definida a empresa que fará a recolha da carcaça de animais bovinos mortos e a compostagem do material. Trata –se da Compo Oeste LTDA, com sede no município de São João do Oeste, que recebeu o credenciamento e o respaldo através da Cidasc.

Conforme o proprietário do estabelecimento Charles Schoeninger, cerca de vinte municípios da região do extremo oeste que compõe a licitação do CONDER serão atendidos com o serviço. Ele destaca que após os produtores entrarem em contato, a empresa irá até o local para fazer a recolha da carcaça.

Schoeninger explica que para realizar a compostagem é necessário fazer a retirada do couro e a separação adequada das carcaças bovinas, processo que requer a remoção prévia do material de risco específico (MRE), como encéfalo, medula espinhal, olhos, causadores da encefalopatia espongiforme bovina, também conhecida como mal da vaca louca.

O material de risco é enviado para uma empresa que fará a incineração à 1300 ºC, eliminando os resíduos perigosos e diminuindo o impacto ambiental. Posteriormente a carcaça passa pela etapa de trituração e compostagem.

Charles Schoeninger enfatiza que após um período de 72 dias o material será utilizado para a produção dos fertilizantes organomineral, combinações de fontes orgânicas, como por exemplo, o esterco animal de aves e suínos com outro fertilizante mineral.

O proprietário da empresa Compo Oeste de São João do Oeste frisa que para fazer a compostagem de um animal, são necessários em torno de três à cinco cúbicos de material seco. Charles cita que a empresa Compo Oeste fez uma parceria com a Aurora, Cooper A1, Cooper Alfa e outros estabelecimentos, nos quais serão feitos a varredura de silos, recolhimento de casca de soja, trigo, sabugos de milho, além de outros materiais secos, com o objetivo de atingir o volume necessário para realizar a compostagem.

Schoeninger enfatiza que o custo da coleta e a destinação correta das carcaças de animais através da empresa será em torno de 611 reais por animal. O Empresário menciona que as prefeituras dos municípios licitados estão avaliando se estarão fazendo a contrapartida do valor total, ou qual a porcentagem que será paga aos produtores rurais, para que possam usufruir do serviço.

Charles Schoeninger explica que a empresa está em fase de alinhamento com cada município participante da licitação, a fim de definir a data de início das operações, que pode variar de 30 a 90 dias.

Os municípios atendidos serão Anchieta, Bandeirante, Barra Bonita, Belmonte, Caibi, Descanso, Flor do Sertão, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Iporã do Oeste, Itapiranga, Maravilha, Paraíso, Princesa, Santa Helena, São João do Oeste, São Miguel do Oeste, Saudades, Tigrinho e Tunápolis, com uma estimativa de recolha de cerca de 10 mil animais por ano.