29.07.2020 às 15:49h - atualizado em 29.07.2020 às 16:16h - Coronavírus
O Grupo São Miguel em Ação, formado por empresários e entidades do município e administrado pela Acismo, encaminhou um ofício ao Comitê de Crise do Coronavírus, pedindo o esclarecimento de dúvidas dos empresários sobre os padrões adotados na luta contra a pandemia.
No documento, com data de 23 de julho, o grupo cita a experiência de cidades como Gramado, Porto Feliz e Itajaí que disponibilizaram, gratuitamente, Ivermectina e Kit Covid para o tratamento precoce da Covid-19. As entidades perguntam porque São Miguel do Oeste não adota o mesmo protocolo.
A ivermectina é usada para combater verminoses e parasitas, como piolhos, pulgas e carrapatos, em animais e seres humanos. O medicamento está sendo usado em algumas cidades e recomendado por alguns médicos sob o pretexto de que pode ajudar no combate a Covid-19. O grupo também pede informações sobre protocolos de isolamento e tratamento dos casos de coronavírus na cidade.
O grupo também questionou o procedimento usado pela vigilância sanitária no caso do fechamento da Pittol Calçados. No ofício, as entidades consideram não ser coerente ter um adesivo na porta do estabelecimento com a palavra Interditado voltado para a rua ou qualquer forma de aviso que possa trazer constrangimento ao estabelecimento. O grupo ressalta que o período é de crise financeira e isto pode ser agravado.
As entidades acreditam que esse tipo de abordagem pode ser revista. Elas sugerem que pode ocorrer um termo de compromisso com o proprietário do estabelecimento, fechando as portas até ele promover a desinfecção, mas sem causar o constrangimento. O grupo de entidades finaliza o ofício informando que o foco é ajudar a fazer o melhor para que a cidade consiga vencer mais esta dificuldade.
- RESPOSTA DO COMITÊ:
O Comitê de crise do coronavírus vai se reunir nesta quinta-feira, 30, e um dos assuntos do encontro é o ofício encaminhado pelo grupo São Miguel em Ação. O Coordenador, médico Mauricio Piacentini, disse que a questão da fiscalização nas empresas não compete ao comitê, mas aos órgãos responsáveis, como a Vigilância Sanitária, a Polícia Militar e outros.
Ele destacou que o comitê não tem posição sobre o protocolo com uso de Ivermectina e outros medicamentos porque essa é uma atribuição do médico, mas que o grupo vai analisar o ofício e responder os questionamentos das entidades empresariais.
Piacentini ressaltou que esses medicamentos estão à disposição e que o uso deles depende da relação paciente-médico e da opção do médico em prescrever esses produtos. Ele reforçou que o comitê não tem uma posição oficial sobre o uso ou não desses remédios.
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