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A situação atual é um estímulo para aumento da produção, porém, o cenário geral não é empolgante. Conforme o Coordenador da Aliança Láctea Sul Brasileira, Airton Spies, a queda no consumo é inevitável diante da alta do preço nas prateleiras dos supermercados.

De acordo com ele, momentaneamente o produtor tem lucro maior e se motiva para aumentar a produção, porém a projeção não é otimista, pois não se trata de uma estratégia que deu certo e sim a consequência pela baixa produtividade. A redução de volume de leite no mercado é provocada principalmente pela baixa qualidade da alimentação, muito ainda em reflexo da estiagem no início do ano.

O Ex-Secretário Estadual da Agricultura lembra que no momento ocorre disputa entre as indústrias pela produção de leite. Airton Spies destaca que já tem registro de laticínios reduzindo a industrialização por falta de matéria prima e aumentando a concorrência pelo leite disponível nas propriedades. Os produtores são assediados e recebem melhores propostas pela comercialização.

Airton Spies diz que o ideal seria um cenário equilibrado entre a alta de preço, produção e venda dos produtos nos supermercados. Isso geraria uma situação de estabilidade na cadeia produtiva.

A estabilidade na cadeia produtiva do leite depende da evolução em diferentes situações. Para o Coordenador da Aliança Láctea Sul Brasileira, o Brasil ainda precisa evoluir bastante. Airton Spies cita a necessidade de maior eficiência nos sistemas produtivos e políticas públicas que permitem investimentos e lucratividade. Ressalta que os momentos de preço elevado ao produtor não resolvem o problema e apenas causam uma falsa sensação de lucro maior.

Airton Spies segue indicando a exportação como medida mais segura para a produção de leite atingir patamar de segurança aos produtores e indústrias. Conforme o ex-secretário da Agricultura de Santa Catarina, o custo de produção segue como grande entrave para a competitividade dos produtos lácteos do Brasil.