29.05.2025 às 13:52h - atualizado em 29.05.2025 às 13:54h - Intercâmbio
A região tem grande tradição nos intercâmbios com países europeus, especialmente Alemanha e Suíça. O programa de estágios iniciou na década de 1960 e tem grande impacto no desenvolvimento de projetos na agropecuária regional. A procura já foi bem maior e também ocorreu redução no número de vagas oferecidas. Segundo o Coordenador de estágios na Alemanha e Suíça, Ricardo Schmitz, alguns fatores influenciam nesta mudança de cenário.
Responsável por este intermédio nos últimos 29 anos, ele lembra que são projetos diferentes em cada país. Para a Suíça são 18 meses de permanência e já foi encerrado para este ano, contemplando seis pessoas que viajaram em abril. Para a Alemanha são três anos, também com seis vagas e restando poucos dias para inscrição.
Segundo Ricardo Schmitz, a Suíça oferece uma experiência na atividade agropecuária mais intensa na carga horária e com melhor remuneração. Já para na Alemanha, o foco está em formação profissionalizante na agropecuária. As vagas são oferecidas para jovens de 18 a 29 anos.
O coordenador destaca que o período da pandemia afetou diretamente o programa, reduzindo oferta e procura. Segundo Schmitz, já foram oferecidas mais de 40 vagas por ano, com mais de 400 candidatos. Atualmente a situação é bem diferente, com número reduzido de vagas e de candidatos. Ele comenta em alguns momentos, a concorrência é pequena, com casos de apenas duas pessoas concorrendo por uma vaga.
De acordo com Ricardo Schmitz, o investimento não é um problema. Para a Suíça, a família que recebe o estagiário banca as despesas e posteriormente, o ressarcimento ocorre com o trabalho realizado. Para Alemanha, as despesas são bancadas pelo candidato e posteriormente os valores são devolvidos.
As exigências das nações também criam entraves para estágios na Europa. Os países estão mais rigorosos nos pré-requisitos, evitando ingresso de imigrantes que não atendem as exigências. O Coordenador de estágios na região de Itapiranga destaca a importância de o candidato ter interesse na atividade agropecuária e falar o idioma alemão.
Segundo Ricardo Schmitz, o ideal é ter comprovação de curso específico, porém as pessoas que vão receber os estagiários podem emitir um documento aceitando a condição do candidato. Entretanto, o consulado pode aplicar uma prova oral para avaliar o conhecimento da língua alemã. Schmitz considera que os estágios na Alemanha e Suíça seguem atrativos, especialmente para conhecimento técnico.
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