28.07.2022 às 16:51h - Saúde

Estudo mostra que comer uma banana verde por dia ajuda a evitar uma série de cânceres

João Bresolin

Por: João Bresolin São Miguel do Oeste - SC

Estudo mostra que comer uma banana verde por dia ajuda a evitar uma série de cânceres
Banco de Imagens Pixabay

Um estudo conduzido no Reino Unido mostrou que uma dose diária de amido resistente, uma fibra fermentável encontrada em diversos alimentos, foi capaz de prevenir uma série de cânceres em indivíduos que tinham predisposição genética. Uma única banana verde por dia fornece a quantidade necessária desse componente, segundo os pesquisadores.

O grupo, composto por cientistas das universidades de Newcastle e Leeds, analisou durante 20 anos quase mil pacientes com síndrome de Lynch, uma doença genética que aumenta a predisposição para uma série de tumores, especialmente no aparelho digestivo.

O amido resistente também é encontrado em ervilhas, aveia e outros cereais matinais, macarrão ou arroz cozido e resfriado.

Durante o estudo, os pesquisadores perceberam que o consumo dessa substância não foi capaz de impedir o desenvolvimento de tumores intestinais, mas se mostrou eficaz ao reduzir a incidência de cânceres do trato intestinal superior, esôfago, estômago, trato biliar, pâncreas e duodeno.

Segundo os autores, o efeito protetor do amido resistente durou 10 anos após os participantes do estudo pararem de tomar o suplemento.

Os resultados foram publicados nesta semana na revista científica Cancer Prevention Research, da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer.

“Descobrimos que o amido resistente reduz uma série de cânceres em mais de 60%. O efeito foi mais óbvio na parte superior do intestino. Isso é importante, pois os cânceres do trato gastrointestinal superior são difíceis de diagnosticar e muitas vezes não são detectados precocemente", afirmou em comunicado o professor John Mathers, do departamento de Nutrição Humana da Universidade de Newcastle.

Ele ressalta que o amido resistente pode ser tomado em suplemento em pó, mas exemplifica que a quantidade diária usada no estudo, durante cerca de dois anos, equivale a comer uma banana não muito madura.

"O amido das bananas resiste à decomposição e chega ao intestino, onde pode alterar o tipo de bactéria que ali vive."

Fonte: R7

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