28.04.2020 às 15:11h - atualizado em 28.04.2020 às 15:19h - Meio Ambiente
Vários ouvintes têm entrado em contato com a Rádio Oeste FM para relatar sobre serpentes, principalmente da espécie jararaca, encontradas nos últimos dias.
Segundo o biólogo e professor da Unoesc, Jackson Preuss, a freqüência com que estes animais são encontrados tem aumentado muito.
O biólogo explica que temperaturas elevadas e com baixa umidade, tornam o comportamento das serpentes mais ativo, o que é algo fora do normal, considerando que nesta época as temperaturas já deveriam estar mais baixas.
Jackson diz que recebe diariamente mais de dez fotos ou comunicados sobre pessoas que encontram serpentes na região. Ele cita que a espécie mais comum é a jararaca pintada.
Este ano, pela primeira vez desde 2006 que o biólogo trabalha na Unoesc, ele cita que recebeu uma jararacuçu capturada em Tunápolis, uma serpente grande e grossa, ameaçada de extinção.
Com a diminuição dos habitats naturais das cobras, tem sido comum encontrar os animais em pátios e residências. Como as serpentes são surdas, a vibração do solo acaba fazendo com que elas se afugentem. As serpentes também tem um olfato muito apurado e percebem o ambiente pelo cheiro.
Jackson Preuss explica que serpentes peçonhentas, como jararacas, têm um órgão termossensível entre o nariz e o olho, onde sentem as variações de temperatura. Isso permite a serpente perceber uma variação de apenas 0,03 graus no ambiente, o que acontece, por exemplo, quando um roedor ou uma pessoa está próxima a ela.
Além do risco de picadas quando ocorre o contato da pessoa com a serpente, o biólogo cita também o problema ambiental que representa a morte destes animais, devido a sua importância para o controle de roedores.
Caso seja encontrada uma serpente, o biólogo da Unoesc orienta que a pessoa deixe o animal seguir o seu destino se ele estiver no seu habitat natural, a exemplo de vegetação ou estrada.
Se for encontrada em uma residência, Jackson Preuss esclarece que devem ser acionados os órgãos responsáveis, como bombeiros ou Polícia Militar Ambiental.
Se a pessoa for picada, nenhum medicamento caseiro deve ser aplicado, e deve ser procurado atendimento médico imediato para receber o soro antiofídico.
Foto(s): divulgação
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