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Produtores rurais do município de Palma Sola/SC, têm apostado na ideia da administração que junto com Defesa Civil, Secretaria de Agricultura e Epagri, vem orientando construção de cisternas como um meio eficaz de reduzir os impactos da seca, que desde 2019, tem trazido prejuízos aos agricultores. Para diminuir esses reflexos, o município adotou medidas de enfrentamento e prevenção a seca. Além da proteção de fonte, abertura de poços artesianos, o município investiu forte na construção de cisternas, que tem revelado resultados positivos.

O coordenador municipal da defesa civil de Palma Sola Douglas Ribeiro diz que o volume de chuva da região está diminuindo ano a ano. No entanto, o oeste de Santa Catarina é considerado uma região com precipitações regulares. Mesmo com o longo período de seca, ainda ocorrem chuvas dispersas, tornando eficaz a utilização da cisterna na propriedade, pois apesar de poucas precipitações, o volume que chove é suficiente para abastecer a cisterna e o produtor consegue atender a demanda da propriedade. A ideia é aumentar a capacidade de armazenagem de água no município com a construção de cisternas, e o investimento vale a pena, pois segundo Douglas, cada vez mais produtores procuram a Defesa Civil e a Secretaria de Agricultura para encaminhar a construção de um reservatório.

O coordenador conta que um novo reservatório com capacidade de armazenar um milhão de litros de água foi construído. O investimento foi feito numa propriedade produtora de suínos de Palma Sola. Como o produtor tem a estrutura pronta, é possível aproveitar a água da chuva usando as calhas da construção. Após a captação, é feita a primeira filtragem para tirar as impurezas que estavam no telhado e o líquido vai para a chamada cisterna PEAD. Investimento em cisterna é importante para a independência da propriedade, afirma Douglas. Hoje muitos agricultores dependem das cargas de água levadas pela prefeitura para manter os animais. Aos poucos os agricultores estão vendo e entendendo que a construção desse reservatório é um investimento importante para que a propriedade seja sustentável. Ao iniciar o planejamento para fazer a cisterna é necessário calcular qual o consumo diário de todas as atividades da propriedade. O coordenador frisa que o extremo oeste é uma das regiões que mais produz carne e é necessário pensar na água para manter a atividade.

Luiz Lunkes, morador da Linha São João, interior de Palma Sola, afirma que desde que construiu a cisterna no ano passado, não enfrentou mais problemas com falta e água. Com o volume armazenado na cisterna consegue atender toda a demanda da propriedade.

O secretário de agricultura Juliano Zandoná, comenta que a situação crítica no abastecimento de água obrigou o município a decretar emergência e focar os trabalhos em resolver o problema hídrico. A prefeitura, junto com o setor agrícola e a defesa civil, adota ações para diminuir o desabastecimento de água, incentivando construção de cisternas e proteção de fontes. Uma notícia boa, segundo o secretário, é que a estação de tratamento da Linha Brasil está concluída, fornecendo água de qualidade para várias famílias de Palma Sola.

Por sua vez o prefeito Cleomar Mantelli, o Kiko, manifesta sua alegria em poder oferecer opções que de fato resolvam a situação do homem do campo nesse momento. O prefeito define a estação de tratamento da Linha Brasil como um grande avanço no enfrentamento á estiagem. Ele que é agricultor, diz que sabe o quanto a falta de água afeta os trabalhos do homem do campo, principalmente para quem trabalha com gado de corte, leite, criação de frango ou suínos, e precisa de muita água armazenada para não correr o risco de perder animais.

Investimento em cisternas é uma aposta para o futuro, observa o prefeito Kiko. Por isso a prefeitura está dando as horas máquina para que esses reservatórios sejam construídos. Informa que até o momento tem oito prontas e mais seis estão sendo feitas. Hoje Palma Sola já consegue armazenar mais de oito milhões de litros de água em cisternas. Cita ainda a primeira fase da construção do poço artesiano da Linha Gaúcha. Uma obra muito aguardada pelos munícipes, e quando concluída deve fornecer água para cerca de oito famílias do interior. Kiko informa que o planejamento para esse ano inclui a instalação de mais dois poços.