26.04.2023 às 13:56h - atualizado em 26.04.2023 às 16:37h - Animais

OUÇA: Casos de raiva geram preocupação em Santa Catarina

Marcos Herbert

Por: Marcos Herbert Iporã do Oeste - SC

OUÇA: Casos de raiva geram preocupação em Santa Catarina
Arquivo/Ascom

Santa Catarina registrou três casos de raiva somente neste ano. A doença é grave e pode ser transmitida dos animais para os seres humanos. A Médica Veterinária da UVL - Unidade Conveniada Local da Cidasc de Iporã do Oeste, Tunápolis e Santa Helena, Tatiane Albuquerque, destacou em entrevista ao RPN desta quarta-feira, 26, que as medidas de prevenção são cruciais para evitar novos casos.

De acordo com ela, existe o Programa Nacional de Controle da Raiva que promove ações e trabalhos constantes nas propriedades de todo o país, com o objetivo de levar informações e maior educação sanitária para que as pessoas saibam as características e as medidas de prevenção.

A Médica Veterinária da Cidasc afirma que é preciso incentivar os produtores a fazerem a aplicação da vacina antirrábica em bovinos, equinos e também nos pequenos animais domésticos, já que a vacinação é fundamental para controlar os casos da doença, porém, ainda apresenta baixos índices de cobertura.

Outra ação importante é o cadastro dos abrigos de morcegos, principalmente dos morcegos vampiros, pois são eles que mordem os animais para sugar o sangue, transmitindo a doença. Esses morcegos geralmente se abrigam em bueiros, cavernas, buracos, árvores ou até em construções abandonadas. A partir da notificação da presença de morcegos nesses locais, a Cidasc faz o monitoramento da reprodução e do comportamento da espécie.

Os produtores também devem prestar atenção nos animais em suas propriedades e caso seja identificada salivação em excesso, distanciamento do rebanho, falta de apetite ou até a presença de mordida com sangue no pescoço, deve ser feita uma notificação ao escritório da Cidasc mais próximo. Em qualquer um desses casos, os profissionais têm até 24 horas para visitar a propriedade e identificar se existe suspeita de raiva.

Em caso de necessidade, poderá ser feita a coleta de material ou captura dos morcegos para análise em laboratório. Tatiane Albuquerque enfatiza que é preciso melhorar o índice da cobertura vacinal dos animais contra a raiva, pois muitos produtores sequer sabem o que é a doença e desconhecem a existência de vacina a baixo custo para aplicação nos rebanhos.

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