25.08.2023 às 09:30h - atualizado em 25.08.2023 às 20:14h - Saúde
A publicação da portaria do Ministério da Saúde que reconhece oficialmente o Hospital Regional Terezinha Gaio Basso como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia coloca o hospital no mapa nacional da oncologia. A afirmação foi feita pelo Diretor da unidade, Rodrigo Lopes. Ele esteve no Peperi Entrevista e explicou que o Hospital buscava esse credenciamento desde 2018 e, apesar de ser burocrático, o processo demorou um pouco mais do que o Instituto Santé imaginou. Nesses cinco anos sem o reconhecimento do Ministério da Saúde, os serviços foram mantidos com recursos estaduais, mesmo sendo uma área de complexidade e, portanto, de responsabilidade do governo federal. O estado vai continuar repassando cerca de R$ 500 mil para a oncologia do Regional, mas agora poderá cobrar esse valor do Ministério da Saúde.
A habilitação do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia vai permitir o cadastro de propostas e projetos específicos para o setor. Segundo o Diretor do Hospital, Rodrigo Lopes, será possível buscar recursos adicionais, além dos serviços, para a aquisição de equipamentos e custeio da oncologia. Ele explicou que o credenciamento no Ministério da Saúde não representa, automaticamente, um aumento do valor aplicado para a prestação do serviço, mas o estado, que será ressarcido pelo governo federal, poderá aplicar o que vinha gastando com a oncologia em outras necessidades da saúde. Com a qualificação, a unidade terá direito a um recurso anual no valor de quase R$ 5,2 milhões do Ministério da Saúde.
Lopes ainda reforçou que o setor de oncologia do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso realiza, em média, 450 sessões de quimioterapia por mês. Segundo ele, são 80 cirurgias, 250 exames para diagnósticos de câncer e cerca de mil consultas por mês. Ele comentou que o setor tem uma equipe multiprofissional que envolve médicos oncologistas, enfermeiros, técnicos e assistentes para o atendimento dos pacientes. O diretor ainda destacou que o setor ainda tem capacidade para suportar um eventual aumento da demanda, mas a oncologia está contemplada no projeto de reforma e ampliação do hospital que está sendo finalizado pelo Instituto Santé.
O Diretor do Hospital Regional, Rodrigo Lopes, também disse, no Peperi Entrevista, que o projeto de ampliação da unidade deve ser encaminhado para análise da vigilância sanitária nos próximos meses. Ele explicou que depois que a proposta for aprovada pelo órgão, o Instituto Santé terá uma ideia exata dos custos e poderá discutir os detalhes do início das obras com o governo do estado. Lopes comentou que a Secretária de Saúde, Carmem Zanotto esteve recentemente em São Miguel do Oeste e o principal encaminhamento é que a ampliação do Hospital Regional deve ser feita por etapas.
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