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A partir de junho, os municípios do Extremo Oeste passam a aplicar a chamada Dose Zero da vacina contra o sarampo em crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias. A medida foi recomendada pelo Ministério da Saúde e visa prevenir a reintrodução do vírus no país, diante do aumento de casos em países das Américas.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a aplicação da Dose Zero é preventiva e oferece uma proteção temporária antes da primeira dose oficial da vacina tríplice viral — que protege contra sarampo, rubéola e caxumba — normalmente aplicada aos 12 meses.

No Extremo Oeste, a vacinação será intensificada especialmente nos municípios de fronteira com a Argentina, onde há maior risco de circulação do vírus, Dionísio Cerqueira, Itapiranga, Paraíso, Princesa, São José do Cedro, São Miguel do Oeste e Tunápolis. Ao todo, cerca de 49 mil crianças devem ser imunizadas em todo o estado.

De acordo com a gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), Ariele Fialho, a dose extra é uma forma de antecipar a proteção para bebês ainda não contemplados pelo calendário vacinal regular.

“A Dose Zero não substitui a vacinação de rotina, feita aos 12 e 15 meses. Ela é uma dose adicional em resposta ao risco atual de reintrodução do vírus no país, especialmente em regiões de fronteira”, explica Ariele.

Risco de reintrodução do sarampo

Apesar de Santa Catarina não registrar casos de sarampo desde 2020, o alerta voltou após a divulgação de dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Até maio deste ano, foram confirmados 2.325 casos nas Américas, incluindo quatro mortes — um aumento de mais de 1.000% em relação ao mesmo período de 2024.

Por isso, os pais devem ficar atentos aos sintomas: febre, manchas vermelhas na pele, tosse, coriza ou conjuntivite. A orientação da Dive/SC é procurar atendimento médico imediato, principalmente em casos com histórico recente de viagem ao exterior ou contato com turistas.

Todas as 295 cidades catarinenses foram orientadas sobre a vacinação, e as doses estão disponíveis nas unidades de saúde. É importante levar a caderneta de vacinação da criança no momento da aplicação.