25.05.2024 às 11:07h - atualizado em 25.05.2024 às 11:25h - Geral
Repercussão é grande e com diferentes opiniões. O jornalismo da Rádio Itapiranga entrevistou servidor público, presidente do legislativo e prefeito para falar do assunto. Chapecó conta com trabalho voluntário, sem remuneração na ajuda ao Rio Grande do Sul. A polêmica surgiu com a divulgação do valor da diária de R$ 636,63 para cada servidor que participar das ações que a Prefeitura de Itapiranga realiza no município gaúcho de Roca Sales. A mobilização iniciou com um grupo de voluntários e na sequência a mobilização ganhou apoio do governo municipal com inclusão de máquinas e servidores de diferentes secretarias.
O Servidor Público da Secretaria de Transportes e Obras, Sírio Ruschel faz parte da missão humanitária em Roca Sales. Ele relata muita destruição, lama, entulhos e muito serviço para ser feito após a destruição causada pela enchente. Ele reforça que existe muita sujeira nas casa, estabelecimentos comerciais, prédios públicos e ruas. Ruschel menciona ainda o desânimo dos moradores de Roca Sales e a motivação que ganham com a ajuda enviada por Itapiranga, que faz muita diferença. O Servidor informa que são 12 a 14 horas de serviço por dia, com pequeno intervalo para as refeições. Sírio Ruschel comenta que as pessoas não desanimam e buscam reconstruir o que foi destruído pela enchente. Sobre as diárias, ele admite que pode ser feito doação das sobras dos valores, porém isso ainda não foi definido pelo grupo.
O Presidente do Legislativo de Itapiranga, Roberto Basto, reconhece que a diária é algo legal, porém ele contesta o momento que isso está ocorrendo. Salienta que nenhum trabalhador ganha R$ 636,63 por dia e ainda mais em uma ação voluntária e humanitária. Ele afirma que os servidores poderiam abrir mão deste valor, pois é muito dinheiro para realizar uma ação humanitária, para ajudar um povo que perdeu tudo. Basto lembra que mais de 15 pessoas da sociedade itapiranguense foram de forma voluntária, sem qualquer recompensa financeira. Reforça ainda que a ação do município não é ilegal, mas é imoral pela situação que enfrenta o povo do Rio Grande do Sul. Roberto Basto cita que os vereadores já tiveram redução de valor das diárias e limitação em no máximo quatro viagens por ano. Ele lembra que em tempos anteriores era uma verdadeira farra com viagens.
Segundo o Presidente do Legislativo, com diária de R$ 636,63, poderia lotar dois ônibus e ainda faltaria lugar de pessoas querendo ir em uma missão humanitária. Basto reforça que o pagamento de diárias, não é ilegal, mas é imoral pela situação que enfrenta o povo do Rio Grande do Sul. Segundo ele, em outras situações não teria problema, porém em um momento em que tanta gente está realizando doações, não é possível que os servidores sejam pagos para esta missão.
O Prefeito Alexandre Ribas afirma que a Prefeitura de Itapiranga segue o bom exemplo de vários municípios de Santa Catarina em prestar ajuda ao povo gaúcho após a tragédia provocada pelas intensas chuvas. Segundo ele, a diária é necessária e legal diante da missão que os servidores estão realizando. Ribas destaca que recebeu inúmeros apelos para contribuir com a missão humanitária e por isso foram enviados servidores públicos com mão de obra especializada, além de caminhão pipa, retroescavadeira e uma mine escavadeira para contribuir para a reconstrução de boa parte da cidade de Roca Sales. Conforme o Prefeito Alexandre Ribas existia a possibilidade de contribuir com outras cidades, porém foi constato grande demanda em Roca Sales.
Chapecó é a principal referência em ajuda humanitária aos municípios do Rio Grande do Sul. O município tem enviado grande volume de doações, além de máquinas e voluntários para trabalhos em cidades gaúchas. Arroio do Meio é um dos principais contemplados com ações da Prefeitura de Chapecó. Conforme a Coordenadora da Força Tarefa, Isabel Machado, todos os servidores públicos realizaram trabalho voluntário, sem qualquer recompensa financeira pela ajuda humanitária ao Rio Grande do Sul. Isabel destaca que a Prefeitura providenciou alojamento e alimentação, contanto com parcerias de empresas, instituições e pessoas físicas, além de muitos voluntários da comunidade.
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