24.05.2024 às 15:50h - Justiça
Um homem que teria ameaçado a ex-companheira diversas vezes, descumprido medida protetiva, incendiado a casa dela e feito disparos de arma de fogo contra o local de trabalho dela foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Os fatos foram registrados entre os dias 14 e 28 de abril em São Loureço do Oeste. A denúncia já foi recebida pela Justiça e o réu responde ao processo preso preventivamente.
De acordo com as investigações, na noite de 14 de abril, ele teria ameaçado a ex-companheira duas vezes. O homem aproveitou o contato que ainda tinha com a vítima, em razão do filho do casal, para fazer uma ligação e enviar um áudio prometendo causar mal para ela. O motivo era o fato de não aceitar o fim do relacionamento.
Já na madrugada de 15 de abril, algumas horas depois da ameaça por áudio, o réu foi à chácara da vítima e ateou fogo na garagem da casa. Além da garagem, alguns objetos foram destruídos.
Devido às ameaças e ao incêndio, a Justiça concedeu medidas protetivas de urgência contra o réu no dia 15 de abril, com vigência de seis meses. O acusado ficou ciente da decisão no mesmo dia. Porém, na madrugada de 28 de abril, ele mandou um áudio e fotos para a vítima, novamente ameaçando praticar mal contra a mulher.
Depois, no meio da manhã, ele usou o número da sua empresa para ligar para a vítima. O homem a ameaçou de morte caso se relacionasse com alguém, dizendo que, se ela tivesse um eventual novo companheiro, ele já estaria "encomendado". Ele também disse que estava "cuidando" a casa dela. Afirmou, ainda, que a vítima deveria ficar "na dela", "sempre quietinha", pois, do contrário, teria o mesmo destino que algum homem com o qual ela se relacionasse. À noite, o réu voltou a ligar para ex-companheira com o número da empresa, mas ela não atendeu.
Por fim, naquela noite, ele foi até a livraria de propriedade da vítima e disparou algumas vezes na direção da loja. Os tiros destruíram a vidraçaria do estabelecimento, danificando objetos e um dos pilares do imóvel. Dois dias depois, o acusado foi preso preventivamente.
Na tarde de 8 de maio, a Polícia Civil, durante a Operação Santíssima Proteção, cumpriu um mandado de busca e apreensão no estabelecimento comercial do denunciado. No local, os policiais encontraram 15 cartuchos de munição calibre .36, três deles deflagrados, e dois projéteis. Já a arma utilizada para efetuar os disparos contra a livraria não foi encontrada.
Concluída a investigação, o Ministério Público denunciou o réu por nove infrações penais - três crimes de ameaça, três crimes de descumprimento de medida protetiva, um crime de incêndio qualificado, um crime de disparo de arma de fogo na via pública e um crime de posse de munições de uso permitido.
Se condenado, a pena dele pode variar de sete a 15 anos de prisão.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social MPSC - Correspondente Regional em Chapecó
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