24.02.2020 às 13:32h - Agricultura

Epagri incentiva adaptação do paiol modelo Chapecó como silo secador de grãos

Adilson Kipper

Por: Adilson Kipper Iporã do Oeste - SC

Epagri incentiva adaptação do paiol modelo Chapecó como silo secador de grãos

Conforme o agrônomo da Epagri regional de São Miguel do Oeste, Elvys Taffarel, o paiol, modelo Chapecó, muito utilizado na década de 80 para o armazenamento de milho em espiga, está sendo adaptado na região para a secagem de grãos.

Ele comenta que em muitas propriedades estas estruturas estão em desuso. Taffarel ressalta que para aproveitar o paiol está sendo feita uma adaptação para o silo secador o que irá reduzir custos ao agricultor e dar uma nova utilidade as estruturas.

O agrônomo explica que inicialmente é feito o dimensionamento do paiol, da largura, do comprimento e da profundidade.

O paiol Chapecó é uma construção em alvenaria quadrada que tem um fundo em desnível para facilitar a saída da espiga para a trilhadeira.

Para adaptar o silo de secagem de grãos no paiol, Elvys Taffarel cita que é feito um fundo ripado com tela de aço galvanizado e no piso é feito o nivelamento. Um ventilador suga o ar ambiente para a passagem dos grãos. Também são colocados tirantes em forma de cruz para evitar fissuras com a maior força que o grão faz em comparação a espiga.

Há necessidade ainda de fazer uma abertura lateral para instalação do ventilador, e a parte superior do paiol permanece como está.

O agrônomo da Epagri chama atenção que o ventilador deve ser construído por uma empresa especializada e com conhecimento na área.

O custo do equipamento é de cerca de R$ 3 mil, e o gasto no funcionamento depende do motor que for usado. Taffarel lembra que os demais materiais, a exemplo da madeira, podem ser reaproveitados na propriedade, reduzindo os custos.

A adaptação do paiol em silo secador pode ser conhecida no Centro de Treinamento da Epagri. O novo formato de silo também já pode ser encontrado em Bandeirante, São José do Cedro, Guaraciaba, Santa Helena, Itapiranga e São Carlos.

Nestes primeiros dias de secagem no silo do Cetresmo, Elvys Taffarel cita que os resultados tem sido positivos. O tempo total de secagem é em média de 15 dias.

O agrônomo lembra que o processo de secagem é lento porque a passagem de vento pelo silo é grande. O grão é mantido frio, não comprometendo a sua qualidade, e a perda de umidade ocorre pelo grande fluxo de ar.

Para um silo de mil sacas, o ventilador sopra cerca de mil metros cúbicos de ar por hora.

O silo do Cetresmo tem capacidade para secagem de 600 sacas de milho, e a vazão do ventilador é de cerca de seis mil metros cúbicos por hora.

Foto(s): Epagri Regional São Miguel do Oeste

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