23.03.2023 às 20:06h - Justiça

Boldrini é condenado a 31 anos de prisão por homicídio quadruplamente qualificado do filho

Marcos de Lima

Por: Marcos de Lima São Miguel do Oeste - SC

Boldrini é condenado a 31 anos de prisão por homicídio quadruplamente qualificado do filho
Foto: Reprodução / GZH

Pela segunda vez, a comunidade de Três Passos condenou Leandro Boldrini pela morte do próprio filho, o menino Bernardo, aos 11 anos, em 2014. Ele e outros três réus já haviam sido condenados em 2019, mas o médico teve o julgamento anulado e foi encaminhado a novo júri, que se encerrou nesta quinta-feira (23), no fórum no centro da cidade, com Boldrini sentenciado a 31 anos e oito meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica. Ele foi absolvido do crime de ocultação de cadáver.

A defesa de Leandro Boldrini informou que, depois de nove anos, está deixando o caso, após participação nos dois julgamentos do médico. E afirmou que um possível recurso deverá ser avaliado por uma nova equipe que venha a assumir a defesa do condenado se assim ele desejar.

A morte de Bernardo, que sofreu uma série de negligências e violações por parte da família ao longo da vida, chocou o município de 24 mil habitantes no Noroeste e comoveu o Estado e o país. O júri começou na segunda-feira (20), no fórum do município. O primeiro ato foi a exibição de vídeos e áudios em que Bernardo grita e pede por socorro repetidas vezes, dentro de casa. O material foi gravado por Boldrini e apagado do aparelho após a morte, mas recuperados pela perícia. O conteúdo foi apresentado pela acusação, a cargo pelo Ministério Público (MP), e embasa outro processo que o casal responde, por tortura.

Entre falas marcantes e emocionadas, a etapa de depoimento de testemunhas começou na terça-feira (21), com as falas da delegada regional de Três Passos, que trabalhou no caso, e de uma vizinha de Leandro na época do crime, além da ex-secretária de Boldrini, que não autorizou exibição de áudio e imagem de seu depoimento.

Na quarta-feira, terceiro dia do julgamento, depuseram uma psicóloga que atendeu Bernardo, e as testemunhas da defesa, como uma babá do menino, pessoas que trabalharam com Leandro e um primo do réu.

Fonte: GZH

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