22.09.2020 às 11:12h - atualizado em 22.09.2020 às 12:26h - Agricultura
Cuidados com cavalos exigem atenção em vários aspectos. O ferrageamento dos cascos está entre os detalhes que precisam ser observados. Isso é válido para animais utilizados em rodeios crioulos, cavalgadas, passeios e trabalho em fazenda.
Conforme o ferrador de cavalos, Cristian Reichert de Itapiranga, a demanda é grande por existirem poucos profissionais com esta formação, em torno de quatro ou cinco na região Extremo-Oeste. Ele iniciou o trabalho em Itapiranga e atualmente possui clientes em diversas cidades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A atuação inclui desde a cidade de Dionísio Cerqueira, São Miguel do Oeste, Maravilha, São Carlos, além de vários municípios do Noroeste do Rio Grande do Sul. Reichert diz que são poucos profissionais e raros com formação no ramo. Existem os práticos que aprenderam por conta e realizam o serviço de maneira mais rudimentar. Devido à grande demanda é preciso uma programação de antecedência de até 15 dias para realizar o serviço.
Em algumas propriedades o atendimento já virou rotina e o ferrador retorna automaticamente com média de 45 dias a dois meses. Reichert, observa que a frequência depende da utilização do animal e locais que o cavalo percorre como asfalto, calçamento ou cascalho que acaba prejudicando os cascos. Destaca ainda que animais de alta performance exigem colocação de ferraduras para evitar problemas no desempenho de suas funções.
De acordo com Reichert, cascos danificados e frágeis afetam o desempenho no trabalho, nas práticas esportivas e nas atividades recreativas, além de reduzirem a vida útil do animal. Destaca ainda que a qualidade do serviço depende de técnicas adequadas e habilidade do ferrador.
Ele fala que a profissão de ferrador de cavalos tem riscos. Profissional precisa usar material adequado, possuir conhecimento dos cascos e ter cuidado com a colocação da ferradura e grampos. Reichert destaca a importância do alinhamento do casco para melhor condição do cavalo se locomover. Ele cita que são inúmeros tipos de ferraduras incluindo de aço carbono, alumínio, polipropileno.
Cada raça possui tamanho aproximado. Na região predominam cavalos Crioulo, Campeiro e Quarto de Milha. Reichert afirma que já sofreu lesões durante o trabalho, pois está lidando com um animal de muita força e já foi atingido por coice, mordida e outros acidentes.
Ele afirma que o maior parceiro do ferrador é o domador que tem a função de amansar o animal. O custo para o casqueamento e ferradura varia de R$ 120,00 a R$ 150,00, dependendo da condição do animal. O indicado é ferrar as quatro patas para o conforto do animal. Ele explica, que no passado os donos dos animais compravam as ferraduras e ele fazia a colocação. Devido às vezes os proprietários comprarem de tamanhos errados, hoje ele leva tudo.
Foto(s): Diógenes Di Domenico/ Portal Peperi
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