22.07.2025 às 09:52h - Polícia
Na manhã desta terça-feira, 22, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), com apoio da Promotoria de Justiça de Modelo (SC), deflagrou a Operação “Entre Lobos” para cumprir 13 mandados de prisão (oito preventivas e cinco temporárias) e 35 de busca e apreensão em 12 municípios de cinco estados: Santa Catarina, Ceará, Rio Grande do Sul, Bahia e Alagoas.
Além dos mandados, a ação incluiu a apreensão de 25 veículos e o bloqueio de contas bancárias de 13 investigados e três empresas, com limite de até R$ 2 milhões por alvo. A operação contou com mais de 130 agentes, promotores de Justiça e apoio das polícias militares e GAECOs estaduais.
A investigação, iniciada há quase um ano, apura a atuação de uma organização criminosa especializada em fraudes contra idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade. O grupo aplicava golpes por meio da oferta de ações revisionais de contratos bancários e, posteriormente, induzia as vítimas a cederem seus créditos judiciais por valores irrisórios a empresas de fachada ligadas ao esquema.
Um dos principais instrumentos de captação das vítimas era o site do Instituto de Defesa do Aposentado e Pensionista (IDAP), usado para dar aparência de legitimidade ao golpe. Estima-se que mais de mil pessoas tenham sido lesadas, com prejuízos milionários.
Casos concretos revelam a gravidade do golpe: uma vítima com crédito judicial de R$ 146 mil recebeu apenas R$ 2,5 mil; outra, com R$ 117 mil a receber, recebeu o mesmo valor. Em média, os idosos obtinham menos de 10% do valor a que tinham direito.
As fraudes eram formalizadas por meio das empresas Ativa Precatórios (Pinhalzinho/SC) e BrasilMais Precatórios (Fortaleza/CE). Juntas, elas receberam mais de R$ 6 milhões da Justiça, mas repassaram às vítimas apenas R$ 595 mil. O restante foi apropriado pela organização criminosa, que usava procurações, planilhas financeiras e empresas de fachada para dificultar a responsabilização penal.
As ordens judiciais foram acompanhadas por representantes da OAB, em respeito às prerrogativas da advocacia. As investigações seguem em andamento.
Fonte: MPSC
Foto(s): Divulgação MPSC
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