22.07.2020 às 11:14h - atualizado em 22.07.2020 às 15:10h - Agricultura
De acordo com o presidente da ACCS, Losivanio de Lorenzi, a suinocultura passa por momento de incerteza. Ele lembra que 2019 foi um ano altamente positivo e 2020 era projetado com sucesso ainda maior.
O problema surgiu com a pandemia e a dependência do mercado chinês. Das 223 mil toneladas de carne suína exportadas de janeiro a junho, 60% teve a China como destino. Lembra que a Coréia do Sul abriu espaço para importação no ano passado e a Índia surge como grande potencial, porém os entraves para iniciar o envio de carne exige um longo processo.
Reforça que o aumento descontrolado da produção pode causar a falência de propriedades. Ele defende que os produtores precisam avaliar bem o crescimento com garantia de comercialização no mercado interno ou para exportações.
Sucesso nas exportações atrai novos investidores na suinocultura. Em épocas boas o produtor aumenta o plantel e até mesmo profissionais de outros setores de fora do agronegócio investem na suinocultura. Segundo o presidente, a projeção era de que teríamos pelo menos três anos positivos, mas na realidade apenas em 2019 o resultado foi bom.
Os embargos impostos pela China e o endurecimento nas regras sanitárias às empresas exportadoras preocupam os suinocultores de Santa Catarina, pois mais da metade do envio de carne suína catarinense é destinado ao país asiático.
Losivanio De Lorenzi alerta para o crescimento desordenado da suinocultura no país com o objetivo de atender a demanda internacional. Ele considera que é preciso manter a produção estável com foco na redução dos custos.
Comentar pelo Facebook