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A Aprisco de São José do Cedro tem registrado um número maior de adolescentes acolhidos do que crianças nos últimos anos. Para entender essa mudança, a psicóloga da secretaria de assistência social do município, Ana Paula Bianchini, explicou quais fatores fizeram esse cenário mudar.

A psicóloga comentou que existem inúmeros motivos, como por exemplo, os conflitos entre pais ou responsáveis. Ela salientou que estes casos também acabam refletindo no desenvolvimento da criança até a adolescência, chegando a uma idade em que ele irá fazer aquilo que aprendeu e também vivenciou. Outro fator é a violência doméstica que acaba obrigando a justiça decidir pelo encaminhamento do adolescente para uma entidade de acolhimento.

Ana Paula salientou ainda que a pandemia, de certa forma, trouxe à tona os problemas que estavam sendo evitados pelas famílias. A psicóloga disse que, antes da crise sanitária, quando não havia isolamento social, os adolescentes estavam mais envolvidos nas atividades em comunidade como festas e jogos, por exemplo, desta forma, esquecendo-se das situações vivenciadas dentro do seio familiar.

A psicóloga da secretaria da assistência social de São José do Cedro, Ana Paula Bianchini, atribuiu a outros fatores que existem e que justificam a saída do ambiente familiar. O abandono, ou a negligência, por exemplo, muitas vezes também é acompanhado de um histórico familiar com problemas.

Ana Paula destacou os quatro principais motivos que levaram as crianças para as instituições, mesmo que temporariamente, foram: a negligência de qualquer natureza, inclusive intelectual e o abandono, e também a permissão para o abandono dos estudos. Além disso, a psicóloga destacou que a falta de planejamento ou de preparo para ter um filho, pode levar a discussões e consequentemente adolescentes em instituições de abrigo.