22.03.2024 às 14:06h - atualizado em 22.03.2024 às 20:44h - Geral

Pesquisa da Unoesc aponta alto índice de contaminação das águas no meio rural

Marcos Meller

Por: Marcos Meller São Miguel do Oeste - SC

Pesquisa da Unoesc aponta alto índice de contaminação das águas no meio rural

Nos últimos três anos, a Unoesc, em parceria com a Epagri, Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina, Fapesc, e Conselho Nacional de Pesquisas, CNPQ, vem analisando a qualidade da água dos poços superficiais e profundo de pelo menos 10 cidades do extremo-oeste. São analisados, periodicamente, poços artesianos nas propriedades rurais. Os poços superficiais são as principais fontes de água na zona rural. No entanto, a perfuração de poços profundos tem aumentado muito nos últimos anos, pois há escassez de água em quantidade e qualidade em muitas propriedades agrícolas. De acordo com a Diretora de Pesquisa, Pós-graduação, Extensão e Inovação da Unoesc, Eliandra Rossi, os resultados são preocupantes.

Do total de amostras analisadas, 96% estão impróprias para o consumo humano, conforme os parâmetros microbiológicos estabelecidos pelos Ministério da Saúde. No caso de poços superficiais, o índice de contaminação se aproxima de 100% em alguns municípios. O que mais chama a atenção da professora, no entanto, é o índice de contaminação dos poços profundos. Em tese, eles deveriam estar mais protegidos e, portanto, mais limpos. No entanto, o índice de contaminação que torna a água impropria para o consumo é de quase 60%.

A pesquisa também revelou que 87% dos poços possuem fatores de proteção, porém, na maioria deles, 90%, o fator de proteção não era suficiente para conter a contaminação. A professora Eliandra esteve no Peperi Entrevista de hoje e disse que a contaminação dos poços representa um risco para a saúde dos moradores do campo. Ela disse que os resultados permitem concluir que, das análises realizadas, o principal problema encontrado nos poços da região avaliados é a contaminação microbiológica. Eliandra explicou que o consumo dessas águas pode causar diversas doenças gastrointestinais, como: Amebíase, Giardíase, Ascaridíase, Rotaviroses, Hepatite A, Salmonelose, todas com sintomas clínicos semelhantes, que são dores abdominais, diarreias, vômitos e em alguns casos febre.

Confira a entrevista com a professora Eliandra Rossi.

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