21.07.2025 às 10:29h - atualizado em 21.07.2025 às 10:34h - Geral

Brasil não vai sair da mesa de negociação com os EUA; governo prepara ajuda a setores afetados

Lucas Lôndero

Por: Lucas Lôndero São Miguel do Oeste - SC

Brasil não vai sair da mesa de negociação com os EUA; governo prepara ajuda a setores afetados
Foto: Fábio Tito/g1

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (21) que o governo brasileiro não vai deixar a mesa negociação com os Estados Unidos sobre o tarifaço anunciado pelo presidente do país, Donald Trump.

Em entrevista à rádio CBN, ele também disse que a área econômica já trabalha em um plano de contingência para ajudar os setores afetados pelo eventual tarifaço — com ameaça com uma sobretaxa de 50% às importações brasileiras a partir de agosto.

"Vamos continuar lutando para ter a melhor relação possível com o maior mercado consumidor do mundo, vamos lutar por isso. Mas não vamos deixar ao desalento os trabalhadores brasileiros, vamos tomar medidas necessárias", declarou o ministro Haddad.

Segundo ele, um grupo de trabalho está trabalhando em opções de ajuda aos setores afetados pelo possível aumento do imposto de importação dos EUA, mas as possibilidades ainda não foram apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Em uma situação como essa, a Fazenda se prepara para todos cenários. Temos plano de contingência para qualquer decisão que venha ser tomada pelo presidente da República [Lula]", acrescentou o ministro da Fazenda.

Ele declarou que esse plano de contingência não necessariamente vai implicar novos gastos públicos.

Haddad lembrou que, por exemplo, na ajuda ao Rio Grande do Sul, houve outros instrumentos além do aumento de despesas, como linhas de crédito.

De acordo com o ministro, mais da metade das exportações atuais aos EUA podem ser direcionadas para outros países, mas "isso leva um tempo" pois há contratos assinados com as empresas norte-americanas.

"Vamos redirecionar boa parte da produção, mas isso leva tempo. E tem coisas que não tem outros destino possível, pois foi uma demanda de lá. Temos consciência de setor a setor, e estamos trabalhando a nível de empresas. Vamos atuar para minimizar ao máximo essa situação que estamos tendo", disse o ministro Haddad.

Fonte: G1

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