21.07.2022 às 10:29h - atualizado em 21.07.2022 às 10:43h - São Miguel do Oeste
A Cooperoeste concluiu na noite desta quarta-feira, 20, a compra da primeira agroindústria da região montada dentro de um assentamento. A aquisição da indústria de queijos e leite tipo C, localizada na comunidade de Dois Irmãos em São Miguel do Oeste, faz parte do plano de expansão da Cooperoeste, que tem como meta atingir a produção de um milhão de litros de leite por dia, até 2026.
Em 1996, a então Associação 25 de Maio foi a pioneira e nasceu com foco no mercado local, surgindo logo após uma associação semelhante em assentamentos da reforma agrária de Anchieta e outra de São José do Cedro. Dessa forma, a Cooperoeste foi criada meses depois para industrializar e comercializar a produção dessas comunidades em volume e formato capaz de atender a outros mercados
De acordo com o presidente da Cooperoeste, Sebastião Vilanova, a cooperativa 25 de Maio foi a mãe de todas as cooperativas ligadas à reforma agrária e agora a filha Cooperoeste abraça a causa para fortalecer e otimizar a produção.
As duas cooperativas produzem para a marca Terra Viva, e isso não vai mudar, já que antes, onde uma atuava com queijo a outra oferecia o leite UHT e agora os produtos levarão um só CNPJ.
Conforme o presidente da 25 de Maio, Adelar Bavaresco, tudo que a empresa produzia era facilmente vendido, porém, a concorrência estava diminuindo a margem de lucro e não havia mais como disputar com grandes empresas, situação diferente da Cooperoeste que está em outro patamar e tem estrutura, logística, e poder econômico para fazer as melhorias necessárias e até ampliar a produção.
Já segundo o diretor financeiro da Cooperoeste, Aldo Postal, a ampliação da agroindústria da Dois Irmãos está mesmo no radar da Cooperoeste, visto no local, existir uma boa produção de queijo, requeijão, e bebidas lácteas e em virtude também da unidade trabalhar com 25 a 30 mil litros de leite por dia e existir a intenção de ampliar esse volume.
Ele disse que a empresa ainda está fazendo o levantamento dos dados de quanto será esse investimento, porém, já antecipou que a capacidade da rede elétrica precisará ser ampliada. Ele citou ainda a preocupação com a estrada e pontuou que existe conversa para o asfaltamento até uma comunidade próxima, porém, ele espera que a pavimentação ocorra até a agroindústria.
A negociação entre as duas cooperativas iniciou ainda no ano passado e foram diversas reuniões até alinhar o acordo, sendo que a intenção de venda foi comunicada aos funcionários da 25 há três semanas e sacramentada nesta quarta-feira, 20, durante a Assembleia Geral Extraordinária da Cooperativa.
O superintendente da Cooperoeste, Marcelo Kehl, tranquilizou os funcionários, fornecedores e clientes e disse que será uma transição gradativa, visto que a empresa vai continuar coletando o leite dos mesmos produtores e manter os postos de trabalho, sem contar, que em breve haverão novas oportunidades de empregos. Já em relação aos mercados, ele comentou que a única mudança será em relação às embalagens, porém, os produtos continuarão chegando até a gôndola dos estabelecimentos com a mesma qualidade e frequência.
Foto(s): Divulgação/Ascom
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