21.05.2021 às 10:54h - Agricultura
Uma reunião realizada na última semana com o colegiado de Agricultura da Ameosc serviu para debater a questão da estiagem na região Extremo Oeste de Santa Catarina. A informação é do engenheiro agrônomo da Epagri, Elvis Taffarel.
De acordo com ele, participaram do momento de conversa, os secretários de Agricultura dos 19 municípios, além de dois profissionais da Epagri Ciram, órgão que monitora as condições climáticas no estado catarinense. Conforme ele, na oportunidade, foram discutidas as precipitações de chuvas dos últimos dois anos, onde foi comprovado que o volume ficou bem abaixo da média histórica da região.
Elvis Taffarel afirmou que um dos objetivos da reunião realizada na última semana em parceria com a Epagri e Ameosc foi alertar e orientar os municípios para que cada um faça um melhor atendimento da população em relação à estiagem. Segundo ele, apesar das últimas chuvas, o montante não foi suficiente para regularizar as questões dos rios e poços.
Ele destacou que nos últimos dois anos, a região Extremo Oeste teve cerca de 800 milímetros de chuvas a menos que a média histórica. Elvis disse que, em média, faltam 400 milímetros de chuva por ano na região. O profissional declarou que as projeções da Epagri Ciram para os próximos meses não são animadoras e indicam que a estiagem deve permanecer ou até mesmo se agravar nos municípios do Extremo Oeste.
Ele ressaltou que normalmente deveria chover na região entre 1.800 milímetros a 2.400 milímetros. Ele salientou, porém, que o volume está bem abaixo da média histórica e isso gera grandes preocupações, além de impactos expressivos em toda comunidade regional.
O engenheiro agrônomo da Epagri, Elvis Taffarel comentou que é de extrema importância que os agricultores também tomem medidas visando amenizar os efeitos da falta de água nas propriedades. Ele disse que o uso de cisternas, aberturas de açudes e colocação de calhas nas edificações são ações fundamentais para reduzir os impactos causados pela seca.
Ele declarou também que o plantio deve ser escalonado, evitando que todas as culturas sejam afetadas. Outro ponto observado pelo engenheiro agrônomo foi em relação aos bovinos, onde os agricultores devem priorizar as pastagens perenes, que são mais resistentes à falta de chuva.
Elvis Taffarel reforçou que o grande desafio agora é que cada município organize ações visando um menor impacto dos efeitos da estiagem ao longo dos próximos meses e anos na região Extremo Oeste de Santa Catarina.
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