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Após 23 dias internada na UTI, professora de Itapiranga retorna para casa e enfrenta processo final de recuperação dos efeitos da doença.

A batalha pela vida iniciou no dia 13 de março quando a professora internou no hospital em Itapiranga. Mesmo dia em que sua irmã Cecília faleceu vítima da Covid-19. “Eu vou voltar para casa”, era o que dizia a professora Teodósia Schaefer, de 60 anos, após ser diagnosticada como mais um caso grave da Covid-19 e ficar internada por 23 dias na UTI do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso de São Miguel do Oeste.

Com sintomas do novo coronavírus, os familiares de Teodósia a conduziram ao Hospital de Itapiranga no dia 13 de março. Com a piora no estado de saúde em 16 de março, a professora se despediu dos familiares e foi transferida para o Hospital Regional de São Miguel do Oeste, já com resultado positivo da Covid.

Em 17 de março foi intubada na UTI. A partir daquele instante familiares e amigos fizeram uma longa corrente de oração pela recuperação dela. Jamais perdendo a fé e esperança, após 23 dias internada na UTI, em 9 de abril a família recebeu a feliz notícia da alta para a enfermaria e no dia 13 de abril foi transferida para Hospital de Itapiranga. Conforme Teodósia Schaefer, foram dias difíceis, mas com a ajuda da família deu tudo certo.

“É vida nova, uma vitória, serei grata pelo resto da vida a Deus por recuperar a saúde. Tive uma nova oportunidade de vida. Preciso agradecer a minha família e amigos pelas orações. Quando o médico me disse que eu precisaria ir para o Hospital Regional para tratar a doença fiquei com muito medo, pois havia perdido minha irmã a poucos dias para este vírus. Na hora da despedida minha família me deu força e coragem. Eu fui com medo, mas sabia que eu iria voltar", contou Teodósia.

A mulher relatou que a morte da irmã em virtude da Covid-19 foi um choque para a família, pois foi tudo muito rápido, e acredita que ela esteve a todo momento a protegendo. Sua maior preocupação era com seu filho adotivo, de apenas oito anos. Ela revelou que durante a intubação ouvia a voz dele, e que isso deu forças para lutar contra a doença.

Seu filho João Edimilson foi acolhido pelos seus padrinhos Luis e Elisa e primo Pedro. Ainda bastante debilitada e precisando de cuidados, Teodósia está aos cuidados da família de seu irmão Luis, na comunidade de Linha Cordilheira, onde na companhia de seu filho, está recebendo os cuidados de sua cunhada Elisa. Ela também recebe atendimento de fisioterapeuta visando retornar para sua casa junto com a mãe, em Linha Baú.

A mensagem que Teodósia deixa é: “Cuide, cuide muito. A gente nunca sabe o que pode acontecer. Tome todas as medidas de proteção e cuidado para não se contaminar, pois a recuperação é muito difícil e dolorosa", finaliza Teodósia Schaefer.