21.02.2024 às 06:55h - atualizado em 21.02.2024 às 10:41h - Geral

Com aumento dos casos de dengue, governo de SC prepara decreto de emergência

Marcos Meller

Por: Marcos Meller São Miguel do Oeste - SC

Com aumento dos casos de dengue, governo de SC prepara decreto de emergência
Foto: NSC Total

O governo de Santa Catarina deve decretar, ainda nesta semana, situação de emergência de saúde pública em todo o território catarinense diante do risco epidemiológico causado pela dengue. O Estado já registra 17.696 casos prováveis de dengue em 2024, até esta terça-feira, 20, um aumento de 650% em relação ao mesmo período do ano passado.

Também foram confirmadas oito mortes pela doença — Joinville (5), Araquari (1), Itajaí (1) e Itapiranga (1). Outras duas mortes estão em investigação, em Araquari e Navegantes.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a situação tem sobrecarregado o Sistema Único de Saúde (SUS) sob a direção municipal e estadual. O elevado número de municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti; o elevado número de casos prováveis de dengue notificados quando comparado ao mesmo período de 2023 e o alto número de mortes por dengue, também justificam o decreto.

A situação já causou 213 internações nos hospitais públicos de Santa Catarina e tem gerado preocupação no Estado. Até segunda-feira (19), 79 pacientes estavam internados em 20 hospitais catarinenses. O Estado deve decretar situação de emergência em saúde nos próximos dias.

As unidades mais afetadas eram o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, com 24 pacientes, e o Hospital Infantil Pequeno Anjo, em Itajaí, com 12 crianças hospitalizadas. As unidades ficam nas regiões com maior incidência de casos (Nordeste (1076,71) e Foz do Rio Itajaí (392,93)).

As informações são da Diretoria de Vigilância Sanitária (Dive/SC) e da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Conforme o último relatório emitido pela Dive, foram identificados 12.885 focos do Aedes aegypti em 215 municípios, sendo que 155 desses são considerados infestados pelo mosquito.

De acordo com a secretária de saúde, Carmem Zanotto, as ações devem facilitar o acesso e o tratamento adequado dos pacientes, a fim de evitar complicações e mortes associadas a essa doença, neste momento de transmissão acelerada de dengue, que pode ser saturar a rede de assistência rapidamente.

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