21.01.2023 às 10:14h - Justiça
A enfermeira de 28 anos assassinada com uma facada no peito em Campo Erê, era descrita pelos amigos como uma pessoa que gostava de traçar planos e estar junto à família. A vítima, Gabrieli Batistella, também sonhava em ser aprovada em um concurso público.
"Estava se dedicando, estudando para isso", relata a amiga e enfermeira Jessica Schutz, que também afirmou que Gabrieli buscava estabilidade financeira e profissional. Elas estudaram juntas na graduação.
A suspeita de matá-la é uma adolescente de 16 anos, que foi apreendida.
Formada em enfermagem pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) em 2021, a jovem trabalhava em um hospital de Palma Sola, onde morava com a família. Ela não tinha filhos.
Na profissão, segundo a amiga, o jeito cuidadoso de Gabrieli se destacava.
"Gostava muito de ajudar o próximo, cuidar das pessoas, assim como eu. Por isso, escolhemos essa profissão. [...] Ela era cheia de vida, tinha uma vida inteira pela frente, estava apenas começando a carreira profissional", relata.
A amiga Lia Padilha contou nas redes sociais que Gabrieli Batistella também pescava e acampava.
"Vou lembrar de todas as nossas aventuras juntas, nossas pescarias, nossos acampamentos. Quanta coisa a gente passou juntas, sentirei muita saudade. Sempre foi muito mais que uma amiga. Era luz onde passava", escreveu a amiga.
Morte da enfermeira
A agressão ocorreu por volta das 16h30 de quarta-feira (18), conforme a Polícia Civil, na Linha Caldato, interior de Campo Erê. Segundo o Poder Judiciário, a enfermeira morava em Palma Sola, cidade vizinha, e foi visitar a avó.
Familiares da vítima e a mãe da adolescente estavam reunidos desde a manhã na casa da avó de Gabrieli, que fica em frente à residência da suspeita. O grupo fazia bolachas e ingeria bebidas alcoólicas.
A adolescente apareceu na casa e, em determinado momento, ela e a mulher começaram uma discussão. Pouco depois, a menor de idade teria dado uma facada na enfermeira.
Ferida no peito, a Gabrieli chegou a ser socorrida e levada para uma unidade de saúde em Palma Sola, mas não resistiu.
O processo tramita em segredo de justiça.
Ainda segundo a Polícia Civil, a adolescente matou a enfermeira por motivo fútil e de uma forma que dificultou a defesa da vítima.
Fonte: G1/SC
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