20.11.2021 às 11:56h - Meio Ambiente

Construção de PCH em Itapiranga gera debate de impacto ambiental

Diana Isabel

Por: Diana Isabel Itapiranga - SC

Construção de PCH em Itapiranga gera debate de impacto ambiental

Uma Pequena Central Hidrelétrica, ou seja, uma usina hidrelétrica de pequeno porte será instalada no interior de Itapiranga. O projeto não teve divulgação como empreendimento e só foi tornado público por influência de apaixonados pela natureza.

Ivan Eidt, licenciado em Geografia e Mestre em Ciências Ambientais, presidente da AARUI - Associação dos Amigos do Rio Uruguai e Membro do Conselho Municipal do Meio Ambiente de Itapiranga levou o assunto para debate na Câmara de Vereadores. Ele reclama que a sociedade não foi ouvida, que não teve qualquer discussão sobre os impactos ambientais e nem as consequência para o Rio Macaco Branco, que vai receber a PCH, na comunidade de Maria Goretti, interior de Itapiranga.

Ivan Eidt considera que a Central Hidrelétrica não é viável e vai afetar de maneira negativa o curso do rio. Segundo ele, um dos poucos rios da região que ainda não possui barragem e agora será modificado por interesse de poucos.

Eidt chama atenção que o rio possui cachoeiras com potencial turístico, esporte de aventura e ainda teme pelas consequências negativas para a vida aquática. Ele ainda aponta problemas ambientais, econômicos e sociais, pois a PCH não gera empregos e afeta o meio ambiente. Ressalta ainda que os rios são bens públicos e por isso a intervenção no curso normal deveria ter amplo debate com a comunidade e não com projetos elaborados sem qualquer divulgação.

O presidente da AARUI afirma que a Bacia do Rio Macaco Branco tem grande potencial com áreas de cachoeiras e corredeiras que são afetadas por hidrelétricas. Ivan Eidt destaca a prática de canoagem e rafting com leito normal do Rio Macaco Branco. Já existe autorização para estudo ambiental e se mostrou surpreso ao comparecer em sessão do legislativo e perceber que vereadores já tinham conhecimento do projeto e inclusive famílias que serão indenizadas.

Eidt diz que a alegação de baixo impacto não é verdade e aponta alternativas para a geração de energia por Biogás com dejetos suínos e painéis solares.

Foto(s): Divulgação

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