20.08.2025 às 21:27h - Geral
Jair Bolsonaro (PL) teria planejado um pedido de asilo político na Argentina, de acordo com investigação da Polícia Federal. O ex-presidente e o filho dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foram indiciados nesta quarta (20) por tentativa de obstrução de Justiça no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado. As informações são do g1.
Bolsonaro teria discutido com aliados o possível pedido de asilo político ao presidente argentino, Javier Milei, aliado político o ex-presidente. A PF também encontrou no smartphone de Bolsonaro um arquivo editável sem data e assinatura em que é pedido asilo político em regime de urgência.
O teor do documento, conforme a PF, mostra que Bolsonaro, vinha planejando desde fevereiro de 2024 atos para fugir do país, com o objetivo de impedir a aplicação de lei penal. No relatório, a PF informou que foram extraídos do celular de Jair Bolsonaro áudios e conversas com Malafaia e Eduardo Bolsonaro que haviam sido apagados.
Esses registros reforçariam, segundo os investigadores, as tentativas de articulação para intimidar autoridades brasileiras e atrapalhar os inquéritos que apuram a trama golpista.
Documento foi editado por Fernanda Bolsonaro
Nos metadados do documento de 33 páginas que pede asilo político para Bolsonaro, a última pessoa a editá-lo foi um usuário chamado “Fernanda Bolsonaro”. Conforme a investigação, pode ser Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, nora do ex-presidente e esposa do senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ).
A Polícia Federal relembra no relatório que cerca de dois meses antes da última edição do documento, em 5 de dezembro de 2023, Bolsonaro havia informado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que viajaria para a Argentina entre 7 e 11 de dezembro.
“Os elementos informativos encontrados indicam, portanto, que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha em sua posse documento que viabilizaria sua evasão do Brasil em direção à República Argentina, notadamente após a deflagração de investigação pela Polícia Federal com a identificação de materialidade e autoridade delitiva quanto aos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito por organização criminosa”, diz o relatório.
Fonte: NSC Total
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