20.06.2025 às 16:34h - Geral
O comércio de materiais de construção em Santa Catarina acumula uma alta de 7,6% nas vendas em 2025, superando a média nacional (3,8%) e consolidando o Estado como o terceiro com maior crescimento no setor, atrás apenas de Ceará (18%) e Rio Grande do Sul (11,4%). Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), complementados por um estudo do Sebrae SC, revelam que o desempenho impulsiona mais de 18,5 mil micro e pequenas empresas (MPEs) especializadas na venda de ferragens, vidros, tintas, madeira e outros insumos.
Segundo o governo do Estado, o aquecimento do mercado imobiliário, impulsionado pela construção de novos empreendimentos e pela demanda por reformas pontuais, tem sido um dos principais motores deste crescimento.
Além disso, o estudo do Sebrae SC mostra que os consumidores estão priorizando compras frequentes e fragmentadas, valorizando a agilidade, proximidade e atendimento das lojas de bairro.
Protagonismo das micro e pequenas empresas
Do total de 18,5 mil MPEs voltadas para venda de materiais de construção em Santa Catarina, 10,6 mil são microempresas, 4,8 mil são MEIs e 2,9 mil são empresas de pequeno porte. De forma geral, esses negócios estão concentrados principalmente em grandes centros urbanos, como Joinville (1.421 lojas), Florianópolis (922), Itajaí (726), Blumenau (644) e Palhoça (590).
De acordo com o Sebrae SC, o setor varejista do Estado catarinense tem 212 mil pequenos negócios. Sendo que o comércio da construção civil representa cerca de 9% deste total.
Para o secretário de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, o aumento da renda do catarinense é um dos motivos que explicam o crescimento.
— Com mais dinheiro no bolso, o trabalhador tem mais condições de fazer uma reforma, ampliar a casa ou investir no imóvel. Assim, a roda da economia gira — afirma.
Proximidade e conveniência impulsionam lojas de bairro
O estudo do Sebrae SC ainda aponta uma mudança estrutural no consumo: os clientes passaram a comprar materiais de construção em menores quantidades, mas com maior frequência, privilegiando a conveniência. Essa tendência beneficia especialmente os pequenos comércios, que normalmente oferecem entrega rápida e atendimento mais próximo ao cliente.
“Esse movimento é impulsionado por fatores como o crescimento da autoconstrução e das reformas pontuais, o avanço do comércio digital, o fortalecimento de marcas locais com atuação em bairros e comunidades, e a preferência por compras de reposição com menor volume e maior frequência. Ao mesmo tempo, observa-se um cliente mais informado e exigente”, consta o relatório do Sebrae SC.
Fonte: NSC Total
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