19.10.2025 às 15:10h - São Miguel do Oeste
A Epagri de São Miguel do Oeste realizou, neste domingo, 19, a 9ª edição do Seminário Regional de Melipolicultura. O evento ocorreu no CETRESMO e reuniu produtores, técnicos e entusiastas da criação de abelhas sem ferrão.
De acordo com o extensionista da Epagri e coordenador do seminário, Vilmar Milani, a atividade vem ganhando cada vez mais espaço na região. “A melipolicultura é uma prática que cresceu muito no Extremo-Oeste. Hoje temos um grande número de pessoas envolvidas, desde agricultores até moradores da cidade, que mantêm colmeias de abelhas nativas como hobby, para consumo familiar ou até como fonte de renda”, explicou.
Milani destacou que a melipolicultura envolve espécies como jataí, mandaçaia e manduri, conhecidas por não possuírem ferrão e por desempenharem papel essencial na polinização e preservação ambiental. “Essas abelhas sempre existiram aqui. Diferente da abelha europeia, que foi introduzida no país, as nativas são fundamentais para o equilíbrio ecológico e a reprodução de várias plantas da nossa região”, ressaltou.
Em São Miguel do Oeste, a maioria dos criadores mantém a atividade por prazer ou para consumo próprio, mas há também produtores que já vivem da renda obtida com a venda de enxames e mel. Segundo Milani, o processo de manejo é o mesmo para ambos os casos, variando apenas a escala de produção e o tempo de dedicação.
Nesta edição, o seminário teve como foco principal os produtos das abelhas e o mercado consumidor. “As pessoas já estão mais experientes com o manejo. Agora, o desafio é comercializar. O mel das abelhas nativas é produzido em menor quantidade, mas tem alto valor agregado, especialmente pelas propriedades medicinais. Por isso, é importante saber para quem vender e valorizar o produto”, explicou o extensionista.
Foto(s): Lucas Lôndero / Portal Peperi
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