19.08.2019 às 17:28h - Meio Ambiente

Três cidades do Oeste de Santa Catarina estão em alerta devido à estiagem

Kelly Figueiró

Por: Kelly Figueiró São José do Cedro - SC

Três cidades do Oeste de Santa Catarina estão em alerta devido à estiagem

A garoa que caiu no final de semana representou apenas 5,5 milímetros e não mudou a situação após dois meses e meio com chuva abaixo do normal, o que já traz problemas para alguns municípios do Oeste de Santa Catarina. De acordo com o superintendente regional de negócios da região, Daniel Scharff, três municípios estão em alerta: Abelardo Luz, Dionísio Cerqueira e Vargeão.

— No Oeste as principais preocupações são com a barragem de abastecimento em Abelardo Luz, que reduziu a vazão, e Dionísio Cerqueira, onde a barragem reduziu drasticamente e as chuvas não ajudaram, além de Vargeão, onde temos cursos de água pequenos e a situação é de alerta — diz Scharff.

Em Abelardo Luz, o fornecimento de água baixou de 30 litros por segundo para 25 litros por segundo, o que causa desabastecimento em alguns períodos nos pontos mais altos. No interior também há escassez de água, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura.

São 16 propriedades com problema de abastecimento para animais nas comunidades de José Maria, 25 de Maio, Santa Rosa 2, Bela Vista/Padeiro, Canhadão, Três Palmeiras e Santa Bárbara. A prefeitura está trabalhando com máquinas para abrir reservatórios. Se não chover nos próximos dias, deve iniciar o transporte para consumo humano.

Em Dionísio Cerqueira, a Casan já encaminhou comunicado aos meios de comunicação pedindo para a população economizar água. Na sexta-feira passada, a empresa também fez uma limpeza do reservatório. — Retiramos o lodo para aumentar a capacidade do reservatório. A vasão do rio Toldo está em 60% do normal e por isso pedimos apoio da população — frisa o responsável pela Casan no município, Marcelo Roth.

Além de 3,5 mil unidades de Dionísio Cerqueira, o sistema ainda atende a cidade paranaense de Barracão. Em alguns municípios não há problemas na área urbana, mas sim no interior. É o caso de São Domingos. De acordo com o secretário de Agricultura, Aldocir Anghinoni, o município está transportando água para oito propriedades há duas semanas.— Estamos levando cerca de 40 mil litros por dia. Tem propriedades que é para o consumo de animais, mas também há algumas em que é para o consumo humano ou para lavar louça e outras demandas da casa. A prefeitura também está trabalhando na abertura de bebedouros no interior — diz o secretário.

De acordo com o pesquisador Ivan Baldissera, do Centro de Pesquisas da Agricultura Familiar da Epagri de Chapecó, em agosto choveu apenas 17,2 milímetros, para uma média história de 138,6 milímetros.

Em julho choveu 96,8 milímetros, um pouco mais de 60% da média história, que é de 153 milímetros. Em junho foi ainda pior, 44,6 milímetros, o que representa um quarto da média histórica, de 176,2 milímetros.

— A chuva foi muito fraca. A tendência é que tenhamos o terceiro mês muito abaixo da média. Isso já prejudica os mananciais de água. Por enquanto isso prejudica as pastagens mas, se continuar, pode atrapalhar o plantio das culturas de verão — prevê Baldissera.

Fonte: NSC

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