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Em meio ao pedido por isolamento domiciliar em Santa Catarina por conta do novo coronavírus, pessoas caminhavam, corriam e pedalavam como em um dia "normal" no final da tarde desta quinta-feira, 19, em São Miguel do Oeste. A reportagem flagrou muitos pedestres passeando com cães, caminhando, andando de bicicleta e até mesmo praticando atividade física em diversos pontos da cidade.

A médica infectologista Sabrina Sabino critica esse comportamento. Segundo a especialista — que também integra a Sociedade Brasileira de Infectologia — as pessoas precisam entender a necessidade da quarentena para evitar a propagação da Covid-19:

— Não é para ficar passeando na rua. Quanto menos nas estradas, melhor. Existe uma recomendação para evitar a transmissão comunitária sustentada. Por isso precisamos que todos, inclusive os jovens, mas principalmente os idosos, respeitem essa recomendação — defende.

A infectologista complementa:

— É preciso entender que esse é um momento de contenção, e a medida precoce de quarentena é válida para evitar aglomerações, não para passear.

O decreto do governo do Estado, assinado por Carlos Moisés, não proíbe as pessoas de andarem nas ruas. O documento põe restrição às viagens de ônibus municipais, intermunicipais, interestaduais, e determina o fechamento de comércio que não vendam itens essenciais. Se manterão abertas farmácias, supermercados e padarias, por exemplo.

Mesmo assim, a recomendação das autoridades é para que as pessoas, se possível, não saiam de casa, mesmo que não integrem grupos de risco. A saída deve ocorrer apenas para compras de produtos como alimentos e remédios, ou para buscar o atendimento médico em casos de extrema necessidade. Fora isso, o pedido é para o chamado isolamento domiciliar.