19.01.2023 às 10:27h - atualizado em 19.01.2023 às 10:32h - Morte

Irmãs que foram mortas pelo padrasto são sepultadas quase um mês depois

Márcia Macoski

Por: Márcia Macoski Campo Erê - SC

Irmãs que foram mortas pelo padrasto são sepultadas quase um mês depois
Arquivo familiar

As irmãs Emily e Kemily, de cinco e oito anos, que foram mortas pelo padrasto há cerca de um mês na linha Mezari, em Novo Horizonte, no Oeste de Santa Catarina, foram sepultadas na manhã desta quarta-feira, dia 18, em Campo Erê/SC. A informação foi repassada pela tia das meninas, irmã de Neusa Dias Maciel, que também foi morta pelo homem.

Ainda segundo relatos da mulher, poucos parentes e amigos estavam presentes no enterro. Não foi possível realizar velório e nem mesmo ver o corpo das crianças, pois os caixões estavam lacrados.

Segundo as autoridades policias, as crianças tinham afundamento de crânio, sinais de morte violenta.

O autor dos crimes foi identificado como Ademar Carneiro, de 33 anos. Ele era companheiro de Neusa e enteado das meninas. As vítimas desapareceram no dia 17 de dezembro e estavam sendo procuradas pela família, que havia registrado um boletim de ocorrência. Porém, na quinta-feira, dia 22, o corpo de Neusa foi localizado enterrado próximo à residência onde ela vivia com as filhas e Ademar. A mulher apresentava marcas de violência.

O delegado Roberto Fronza relatou que Neusa foi morta com um tiro no crânio e teve sacos plásticos enrolados na cabeça. Logo depois de ter sido enterrada em uma cova rasa perto de casa, o homem trocou o corpo de local, enterrando-o mais longe, também na mata.

Já as crianças, o delegado acredita que tenham sido mortas mais tarde, entre sábado e domingo, dias 17 e 18. Elas também apresentavam sinais de violência pelo corpo. Ambas foram encontradas em um banhado.

No dia 20 de dezembro, o corpo de Ademar foi encontrado carbonizado dentro de um veículo, uma Parati, com placas de Biguaçu/SC, em uma estrada da linha Plataneia, interior de Novo Horizonte/SC. A parte frontal do carro estava batido, o que pode indicar uma possível colisão em árvore.

Dentro do carro havia uma espingarda e cerca de 30 litros de gasolina que usava para abastecer uma máquina usada no corte de eucaliptos. O delegado disse que não descarta nenhuma hipótese sobre a morte de Ademar, como homicídio, suicídio ou acidente de trânsito.

Testemunhas contaram em depoimento que Neusa, Ademar e as meninas estavam em uma festa de comunidade no sábado, horas antes da mulher desaparecer. “Suspeitamos que algo aconteceu nesta festa e o deixou irritado. Chegando em casa ele teria cometido esse crime”, disse o delegado.

Para familiares, Ademar justificou que Neusa foi embora com as duas crianças após uma discussão e levou R$ 2 mil. Ainda almoçou com parentes, disse que estava preocupado com as enteadas e continuou trabalhando ao longo da semana. “Seguiu uma rotina normal, como se nada tivesse acontecido”, ressalta o delegado.

Para tentar reforçar a história, segundo o delegado, Ademar teria colocado todas as roupas de Neusa em um saco de ráfia e jogado na mata, como se tivessem sido levadas por ela.

Fonte: Oeste Mais

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