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Diante do cenário agravado pela falta de precipitação nas últimas semanas, os integrantes da Comissão Municipal de Defesa Civil de Guarujá do Sul se reuniram na terça-feira,18, para analisar o quadro municipal e deliberar sobre a possibilidade de decreto de situação de emergência.

Foram relatados e levantados dados de perdas da produtividade agrícola, diminuição significativa de volume no curso do Rio das Flores que abastece a cidade com água para consumo humano e também dificuldades para o atendimento de rebanhos e para uso doméstico nas propriedades agrícolas.

Com base nos dados e laudos técnicos elaborados, a comissão formada pelo responsável da Defesa Civil local, Gustavo Di Domenico, o engenheiro Agrônomo da Epagri, Leonir Dilly, o secretário de Administração Julio Della Flora, a assistente Social Adelise de Oliveira, acompanhados do prefeito Claudio Junior Weschenfelder e do vice-Prefeito Noé Benetti, decidiram pela publicação do decreto de situação de emergência na data de 18 de janeiro.

Conforme o Engenheiro Agrônomo Leonir Dilly, o total das perdas econômicas agrícolas em função da estiagem ultrapassa a ordem dos R$ 15 milhões.

“As perdas correspondem a vários setores agrícolas. Há perdas ocasionadas pelas altas temperaturas e falta de umidade no solo que não permitem que as plantas realizem seus processos naturais, principalmente na polinização do milho, e as plantações de soja estão apresentando abortamento de vagens e flores. Na pecuária de corte e leite existem perdas associadas à questão de falta de pastagens e as famílias estão com dificuldades para elaborar a dieta das vacas devido à falta de chuva que não permite o crescimento vegetativo ”, destacou.

Dilly ressaltou ainda que no milho grão e silagem as perdas correspondem 45% nas culturas. Já a soja apresenta perdas de 40%, o fumo 15% e a pecuária de corte e leite tem perdas na ordem de 20% cada.