18.09.2025 às 16:42h - São Miguel do Oeste
A vereadora Ana Flávia Moreira (PT) fez uma vistoria nesta quarta-feira, 17, na Casa de Passagem Indígena (CAPAI), em São Miguel do Oeste, e relatou sinais de abandono na estrutura. Segundo ela, o local, inaugurado em 2021, estaria com mato alto, ferrugem em partes da estrutura e sem nenhuma movimentação recente.
“Nosso mandato tem feito visitas frequentes aos espaços públicos do município, e nesta semana fomos até o CAPAI. Encontramos o local sem uso, com vegetação alta e sinais de desgaste. Não havia ninguém, nem mesmo funcionários ou indígenas no local”, afirmou a vereadora em entrevista à Rádio Peperi.
Ela informou ainda que protocolou um requerimento na Câmara de Vereadores pedindo informações à administração municipal sobre os investimentos feitos na casa e sua real destinação. “Queremos saber o que está previsto para o imóvel, quais recursos foram aplicados e se há plano de uso efetivo.”
Secretaria rebate
Em resposta, o secretário-adjunto de Assistência Social, Elias Araújo, afirmou que o local está ativo e segue sua proposta original, ser um ponto de apoio temporário para indígenas em trânsito pela cidade.
“A CAPAI é uma casa de passagem, não uma residência. É natural que, em determinados períodos, o local fique vazio, já que depende da movimentação dos povos indígenas, que não seguem um calendário fixo”, explicou.
Elias também destacou que o local é mantido limpo e organizado, com apoio da equipe do CREAS. “O espaço é cuidado e está em boas condições para uso quando houver necessidade. Inclusive, o recurso que viabilizou a casa veio do Ministério Público Federal, não diretamente da prefeitura”, completou.
A Secretaria considera a CAPAI uma das estruturas mais bem mantidas do estado e ressaltou que o espaço é gerido de forma autônoma pela própria comunidade indígena, com apoio institucional apenas quando necessário.
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