18.08.2025 às 16:35h - Geral

Menino que morreu em hospital com marcas de agressão já foi internado com sinais de maus-tratos

Ricardo Orso

Por: Ricardo Orso São Miguel do Oeste - SC

Menino que morreu em hospital com marcas de agressão já foi internado com sinais de maus-tratos

O menino de 4 anos que morreu nesse domingo (17), após ser levado desacordado e em parada cardiorrespiratória ao Multihospital de Florianópolis, já havia sido internado em maio deste ano. Na época, ele ficou 12 dias hospitalizado com machucados pelo corpo.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Alex Bonfim, um médico chegou a informar que os machucados da criança eram compatíveis com sinais de defesa e classificados “como 'fortemente sugestivo de maus-tratos”.

Na época, o padrasto alegou que a criança "havia caído da cama". Em depoimento, a mãe disse que registrou um boletim de ocorrência e que nunca havia desconfiado do padrasto, mas sim de uma babá.

A Polícia Civil disse que um inquérito investigava a autoria das agressões.

Já nesse domingo (17), depois da morte, o padrasto informou que não se recordava de nenhuma queda ou agressão nos últimos dias. Ele ainda disse ter ficado desesperado com a morte do enteado. Mãe e padrasto foram presos suspeitos de homicídio duplamente qualificado.

Entenda o caso

O Multihospital, localizado no bairro Carianos, é gerenciado pelo município. Segundo o relato da equipe médica à PM, a criança chegou sem sinais vitais e foi submetida a procedimentos de reanimação por cerca de uma hora, mas não resistiu.

Os ferimentos no menino motivaram a prisão da mãe e do padrasto por suspeita de homicídio duplamente qualificado, acrescentou o delegado Alex Bonfim. A mulher, de 24 anos, e o homem, de 23, negaram o crime. A identidade deles não foi divulgada.

O menino tinha lesões roxas na bochecha, abdômen e costas, levantando a suspeita de agressões anteriores.

O homem relatou aos policiais militares que a criança estava "bem estranha" naquele dia e, quando percebeu que ela estava desacordada, foi até a casa da vizinha pedir ajuda. Os dois então levaram a vítima ao hospital.

O padrasto Richard da Rosa Rodrigues, ainda segundo a PM, tem registros policiais por ameaça e desaparecimento, mas detalhes desses crimes não foram divulgados. Já a mãe do menino, Larissa de Araújo Falk, disse que estava trabalhando no domingo.

A Polícia Militar informou que a equipe médica constatou machucados pelo corpo da criança.

Fonte: G1 SC

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