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Conforme a bióloga regional de São Miguel do Oeste, Marciéle Bogo, é desenvolvido um trabalho de busca ativa para a imunização da comunidade. A vacinação da população é a única forma para prevenção contra a febre amarela. Ela informa que entre 29 de dezembro de 2019 até 11 de dezembro de 2020 foram notificadas 975 epizootias em 86 municípios do Estado. Comenta que desses exames coletados, foram 134 óbitos de macacos decorrentes da febre amarela. A bióloga lembra que algum tempo atrás, essas mortes aconteciam apenas no planalto norte e região litorânea. Segundo Marciéle, entre os dias 17 e 22 de dezembro de 2020 foram três óbitos de macacos por febre amarela, sendo uma morte em São Lourenço do Oeste, e dois em São Bernardino. Ressalta que em áreas de mata, o vírus é transmitido pelos mosquitos haemagogus e sabethes, que vivem nas copas das árvores, e preferem o sangue dos macacos. Mas quando esses animais são mortos, as fêmeas podem voar mais baixo e mais longe para buscar o sangue humano. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue.

Segundo os últimos dados da DIVE, atualizados até 11 de dezembro, foram 26 casos em humanos notificados, sendo que 25 foram descartados, e um segue em investigação no Estado. Do total de macacos notificados, 47 permanecem em investigação e 42 tiveram a causa do óbito indeterminada, devido à ausência de coleta para amostras, e sete foram negativos. São 96 casos em 33 municípios de Santa Catarina. Esses números estão no novo período de monitoramento, que está em andamento e segue até julho deste ano. Segundo a bióloga regional, Marciéle Bogo, ao identificar um macaco morto ou doente é necessário que se faça notificação para vigilância epidemiológica para que os trâmites necessários sejam realizados. Ela informa que o extremo-oeste é área de recomendação para vacina da febre amarela, sendo possível buscar a vacinação e garantir a imunização. No período de 01 de janeiro a 30 de novembro de 2020 foram aplicadas 534.546 doses da vacina contra a febre amarela no estado, conforme a DIVE. A região do extremo-oeste conta com 95% da cobertura vacinal.