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O tratamento e distribuição de 400 mil litros de água por hora não é suficiente para atender a demanda na cidade e interior de Itapiranga. O sistema público municipal está à beira de um colapso com risco de falta de agua e racionamento justamente no período de maior calor.

O secretário de Administração, Obras e Serviços Urbanos, Artêmio Scalon garante que o município está fazendo investimentos necessários para atender a população, porém, vários fatores interferem na capacidade de distribuição de água potável. Ele reclama de medidas que deveriam ter sido adotadas em anos anteriores, em estiagem prolongada que secou reservatórios particulares no interior e desperdício com vazamentos e uso indevido da água

Scalon mostra indignação com os consumidores com irrigam plantações e realizam lavação de calçadas e telhados nesta época do ano sem ter consciência que o produto pode faltar para situações essenciais.

O secretário considera que os problemas pontuais em alguns bairros da cidade serão resolvidos com novos reservatórios que estão sendo instalados. Já para o interior do município, principalmente em comunidades próximo a SC 163 a solução é mais complexa.

De acordo com Artêmio Scalon, com a prolongada estiagem, reservatórios naturais, cisternas e até riachos estão secando, e com isso, os produtores rurais recorrem a água da rede pública, aumentando o consumo além da capacidade de distribuição.

Na próxima segunda-feira, 20, a Secretaria da Agricultura terá reunião com cooperativas e agroindústrias para debater medidas de auxílio aos integrados de aves e suínos para evitar a falta de água em granjas.

O diretor de Água e Esgoto, Osmar Mueller destaca o empenho da equipe fora do expediente para solucionar problemas de vazamento e de falta de água, principalmente no interior do município. Ele afirma que é preciso investir em medidas para evitar desperdício, mas também é necessário a contribuição das pessoas para terem mais cuidado ao realizarem escavações para não romper a canalização.

Mueller lamenta a situação atual que gera dificuldades para produtores rurais que precisam de grande volume de água.

O diretor do Departamento de Água e Esgoto de Itapiranga destaca o funcionamento em capacidade máxima nas cinco estações de tratamento que o município possui.

Osmar Mueller explica que na cidade o tratamento é de 200 metros cúbicos por horas. Já as estações em linha Glória, Escondida, São Sebastião e Sede Capela, possuem capacidade de 50 metros cúbicos por horas, totalizando mais 200 metros colocados a disposição no sistema público.

O alto consumo e a falta de chuva gera situações preocupantes. Osmar Mueller afirma que o maior problema está nas comunidades abastecidas pela Estação de Tratamento de São Sebastião. O município utiliza caminhão pipa para socorrer situações mais críticas no abastecimento de água.