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A deputada Caroline De Toni (PL-SC) abriu mão do cargo de líder da minoria na Câmara para salvar o mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde março deste ano, onde articula sanções contra o Brasil. A decisão foi anunciada na tarde desta terça-feira, dia 16. De Toni passa a ser a primeira vice-líder da minoria.

Integrantes da oposição decidiram indicar Eduardo Bolsonaro como líder da minoria na Câmara dos Deputados para tentar salvar o mandato do parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Como líder da minoria, Eduardo poderá justificar as ausências nas sessões da Câmara. Segundo um ato da mesa diretora, os líderes de bancada não têm faltas computadas.

“Estou renunciando com convicção e seguirei ao lado dele nessa missão. Minha decisão é para contribuir com o fim das perseguições à família Bolsonaro. É o mínimo que podemos fazer para auxiliar o Eduardo neste momento, pelo trabalho que ele vem desenvolvendo na defesa das nossas liberdades”, disse Caroline em entrevista ao jornal Gazeta do Povo.

O gesto da deputada ocorre mesmo diante da possibilidade de ela perder espaço na disputa por uma vaga no Senado nas próximas eleições ao irmão de Eduardo, Carlos Bolsonaro, que pode fazer uma dobradinha com o senador Esperidião Amin (PP-SC) e concorrer ao Senado por Santa Catarina.

“Essa não é uma renúncia a uma função, é uma entrega em nome da verdade e da justiça. Nenhum cargo pode estar acima do Brasil. O que está em jogo não é uma cadeira, mas a integridade da democracia e a luta contra as perseguições que atingem não só o Eduardo, mas toda a família Bolsonaro”, escreveu Caroline nas redes sociais. “Minha decisão é clara: permanecer ao lado de quem sempre esteve na linha de frente pela liberdade do nosso povo. Seguiremos juntos, cada vez mais fortes”, completou.