Polícia

17.09.2020 às 16:25h - Polícia

Policiais detalham perplexidade ao atender assassinato da grávida em Canelinha

Marcos de Lima

Por: Marcos de Lima São Miguel do Oeste - SC

Policiais detalham perplexidade ao atender assassinato da grávida em Canelinha
Foto: Anderson Coelho/ND

A morte da jovem grávida de 24 anos em Canelinha, na Grande Florianópolis, deixou perplexos até mesmo os policiais que investigam o crime. Encontrada dentro de uma cerâmica abandonada com o ventre cortado e sem a filha que gestava há oito meses, a mulher foi morta por uma amiga e teve a criança roubada após um parto forçado.

O assassinato, digno de crônica policial e séries de TV, estampou os noticiários do Brasil e chegou a ser assunto internacional. Para o delegado responsável pelo inquérito, Paulo Alexandre Freyesleben e Silva, a cena do crime e o cenário criado pela assassina que confessou o homicídio é “chocante”.

Na polícia há 22 anos, o delegado afirma nunca ter visto nada parecido. “Foi de uma barbaridade e de uma brutalidade tamanha. A forma como ela planejou também choca”, comentou.

O delegado foi quem colheu o testemunho de Rozalba Maria Grime, de 26 anos, que confessou o crime. Ele conta que ela agiu de forma tranquila. “Não, ela não pareceu se arrepender”, afirmou Paulo.

No testemunho, Rozalba deu detalhes de como planejou a morte jovem. Contou que, para a família, mentia sobre uma falsa gestação e postava informações sobre a espera de uma suposta filha nas redes sociais. Segundo ela, foi assim que conseguiu se aproximar da vítima.

Presa desde o final de agosto, Rozalba está no Presídio Feminino de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. O esposo dela, Zulmar Schiestl, de 44 anos, também foi preso, já que a polícia e Ministério Público acreditam que há indícios da participação dele no crime.

Leandro Pedro Rodrigues é policial civil há 15 anos e foi um dos primeiros a chegar à cerâmica abandonada em que o corpo da vítima foi encontrado, no dia 27 de agosto. Acionado por volta das 10h, ele encontrou o companheiro da jovem grávida, que achou o corpo, alguns familiares e a Polícia Militar.

“Eu vim mais cedo para o trabalho para cuidar da investigação do desaparecimento dela [jovem grávida]. No meio do caminho, recebi uma ligação e vim para cá”, relatou o investigador à reportagem do nd+, no centro da cerâmica abandonada. “Foi um crime que eu nunca vi e espero nunca mais ver. É uma cena triste”, concluiu.

Fonte: ND TV

Foto(s): Foto: Anderson Coelho/ND

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