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É perceptível que o ciclismo não para de crescer. A prática desse esporte não pode mais ser considerada uma febre e, sim, uma realidade. Nesse contexto, o Cicloturismo, que é um segmento, tem movimentado a região de forma diferente. Além de incentivar a prática do esporte, o Cicloturismo tem sido responsável por trazer um público novo e apresenta a região através de suas belezas naturais.

A Natur Cicloturismo de Tunápolis tem apostado nessa realidade e organizado eventos que tem como função principal valorizar a região. Conforme o proprietário, Vanduir Matias Deters, ao pedalar o ciclista desbrava locais que dificilmente se passa de carro e quando passa não dá a mesma atenção que dá quando está de bicicleta. “Quando organizamos um evento, ele tem essa função de ser um diferencial, não apenas pela infraestrutura completa que oferecemos, mas pelos locais, paisagens e acima de tudo, pela valorização da história e a exploração do potencial turístico”, afirma Vanduir Matias.

Pedal da Serpente

No sábado, 15, a Natur realizou o Pedal da Serpente, um Cicloturismo costeando o Rio Uruguai, pelo lado gaúcho e catarinense. O evento iniciou e encerrou em Mondaí, mas passou também por Vicente Dutra, Caiçara e Itapiranga. No total foram 90 quilômetros, com 1.700 metros de altimetria. O nome, Pedal da Serpente, foi dado por causa do desenho que o percurso faz no Strava, aplicativo usado pelos ciclistas. O início do evento não poderia ser melhor. Teve apresentação musical de Hugo Gemmer com a sua arpa e o padre José de Freitas abençoou os participantes na largada. Animado com o evento, o sacerdote voltou para fazer também a bênção do encerramento.

Sobre o percurso oferecido e a beleza que a região proporciona, Keller Biolo, de Xanxerê, se disse impressionado com a vista do Rio Uruguai. Na opinião dele, é preciso valorizar a região. “Tem muita gente que viaja até pra fora do país para ver paisagens que não são mais bonitas daquelas que temos na região. O Pedal da Serpente pra mim trouxe cultura, história e a certeza de que precisamos valorizar a região”, sentencia. Ele afirma que ao andar de bicicleta é fácil parar, prestar atenção no local e simplesmente curtir. “Isso pra mim é contemplar as belezas da região”.