16.03.2022 às 15:11h - Estiagem
As medidas adotadas pelos governos estadual e federal não representam contribuição direta aos agricultores. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itapiranga, Tunápolis e São João do Oeste cobra incentivos que tenham resultado imediato.
Segundo Simone Lerner, o momento é de cobrança da classe política sobre eficiência do Programa Reconstrói SC. Ela coloca em dúvida o volume de recursos efetivamente liberado pela Secretaria de Estado da Agricultura para minimizar os efeitos da estiagem na região. Simone considera que o governo não cumpriu com a promessa de contemplar os agricultores. De acordo com a presidente, tem chance de menos de 10% dos agricultores terem sido contemplados com os recursos de 10 mil reais que o programa permitia solicitar.
De acordo com Simone, a Epagri já possui trabalho em excesso, porém, o governo precisa prestar com clareza o volume de recursos liberados e o número de contemplados. Cita ainda que a propaganda feita sobre a liberação de mais 50 milhões de reais não teve qualquer resultado na prática.
Simone Lerner também demonstra insatisfação com a falta de progresso nas negociações para anistia no programa troca-troca. A proposta inicial é de 100%de subsídio do governo, no entanto, 50% já seria uma contribuição importante. Simone diz que a Bancada do Oeste mantém abertura no apoio ao movimento sindical para garantir auxilio para contemplar a maior parte dos produtores rurais que tiveram grande prejuízo com a falta de chuva. A negociação envolve ainda a Fecoagro e não tem qualquer projeção para um desfecho favorável.
Interrompido em 2014, o programa Habitação Rural ainda deixou uma herança negativa. Conforme a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Simone Lerner, agricultores que pagaram pelo projeto e não foram contemplados, ficaram nos prejuízos. Todos que ingressaram na justiça perderam a ação contra a empresa responsável pelos projetos.
Simone avalia que o programa de habitação rural é fundamental para a qualidade de vida das famílias do campo. Existem incentivos para edificações de abrigo dos animais, porém para moradia das famílias não tem recursos público disponível. A presidente lembra que o Sindicato não teve envolvimento com o dinheiro pago pelos projetos e segue na luta para políticas de habitação rural.
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