Rede Peperi

Estelionatários estão se aproveitando da pandemia e da lentidão na disponibilidade de vacinas do coronavírus para obter dinheiro de forma ilegal. O sargento Milton Wolf, comandante da Polícia Militar de Iporã do Oeste, alerta que os golpistas estão se passando por representantes do Ministério da Saúde e entram em contato com o pretexto de que irão cadastrar a pessoa para receber a vacina do Covid-19.

Em seguida, informam que vão encaminhar um código por mensagem, pelo qual a pessoa deve confirmar esses números, para fazer o cadastro. Este código é aquele que a pessoa faz quando quer mudar de aparelho no WhatsApp e por meio dele, os bandidos conseguem clonar e fraudar o número, para então pedir dinheiro aos familiares da vítima.

O sargento orienta sobre dois fatores que as pessoas precisam cuidar: em primeiro lugar, nunca informar o código que recebeu por meio de mensagens para qualquer pessoa; a outra situação é evitar de fazer depósito de dinheiro quando alguém faz esse pedido, mesmo que alegue ser algum familiar, vizinho ou amigo, pois nem sempre é essa pessoa que está solicitando. Wolf reitera que outra pessoa pode querer fazer esta clonagem e se aproveitar para pedir o dinheiro em alguma conta, ou para fazer pagamento de boleto com intuito de obter dinheiro de forma ilícita.

GOLPES DO ALUGUEL E DO NUDE SÃO COMUNS NA REGIÃO

No caso do golpe do aluguel, o estelionatário se passa por corretor de imóveis, pedindo que a vítima repasse o valor do aluguel. O suposto corretor diz que trocou o número do celular e pede para o inquilino fazer o depósito na conta que solicitar. Wolf reitera que normalmente, depois de fazer o depósito, a pessoa percebe que o cobrador não é o verdadeiro proprietário do imóvel, portanto adverte para não fazer a transferência sem ter 100% de certeza em relação ao destinatário.

O outro golpe, do nude, consiste numa suposta adolescente que começa a falar com homens nas redes sociais. Eles trocam mensagens picantes, fotos íntimas e no dia seguinte outra pessoa entra em contato dizendo que é o pai da suposta menina e que quer dinheiro para não fazer boletim de ocorrência. Segundo Milton Wolf, os estelionatários alegam ainda que a menina precisaria de recursos para fazer tratamento psicológico por ter passado por constrangimento ilegal, ou por ter surtado e quebrado os móveis da casa em decorrência destas fotos e mensagens.

Os bandidos chegam a se passar por delegados ou psicólogos para obter dinheiro de forma ilegal, e ainda ameaçam divulgar as fotos íntimas da vítima para outras pessoas. O comandante da Polícia Militar de Iporã do Oeste orienta para as pessoas se certificarem em relação à idade dos contatos que mantém nas redes sociais e não fazer depósito duvidoso, já que fica difícil recuperar o valor ou mesmo identificar os autores do golpe.