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O uso do celular nas escolas continua sendo um desafio para professores e coordenadores pedagógicos. Segundo a coordenadora pedagógica de São José do Cedro, Carla Asmann, os dispositivos não só atrapalham o desenvolvimento dos alunos, como também prejudicam o andamento das aulas.

Com mais de 21 anos de experiência na educação, Carla explica que a distração causada pelo celular é um problema constante. "Os alunos param para olhar notificações, responder mensagens ou acompanhar assuntos do momento, o que tira completamente o foco do aprendizado", ressalta.

Ela também menciona que, em algumas situações, é preciso firmeza para retirar o aparelho de estudantes que não conseguem se desconectar. "Isso gera conflitos, mas os jovens precisam entender que há hora para tudo, inclusive para deixar o celular de lado", completa.

A preocupação com o impacto da tecnologia na educação é reforçada pela secretária de Educação de São José do Cedro, Márcia Demossi. De acordo com ela, estudos mostram que o uso excessivo do celular – acima de cinco horas por dia – pode causar danos sérios no desenvolvimento dos adolescentes. "O celular pode comprometer o rendimento escolar em qualquer idade", afirma.

Sobre a medida recentemente aprovada pelo governo federal proibindo celulares nas escolas, Márcia concorda e considera uma decisão justa.

Já a coordenadora pedagógica de educação infantil, Mayra Casagranda, destaca que os efeitos do uso excessivo da tecnologia são perceptíveis até mesmo entre os pequenos. "Na creche, já percebemos que as crianças que passam muito tempo diante das telas têm dificuldade de concentração. Muitas vezes, estão acostumadas a assistir a desenhos e perdem o interesse em outras atividades", alerta.