15.10.2025 às 22:45h - Política

PGR pede retomada de inquérito sobre suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal

Lucas Lôndero

Por: Lucas Lôndero São Miguel do Oeste - SC

PGR pede retomada de inquérito sobre suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal
Foto: Alan Santos, PR

O Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, solicitou nesta quarta-feira, 15, a retomada do inquérito que apura uma possível interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal durante o seu governo. A investigação, que foi a primeira aberta contra Bolsonaro após sua posse, estava paralisada desde 2024.

No pedido, Gonet requisita que a Polícia Federal esclareça se há ligação entre o caso e a apuração sobre uma suposta estrutura paralela montada dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O inquérito teve origem no Supremo Tribunal Federal (STF) após declarações do então ministro da Justiça e atual senador Sergio Moro (União-PR), que acusou Bolsonaro de tentar influenciar politicamente a PF. O ex-presidente, por sua vez, reagiu acusando Moro de denunciação caluniosa.

A investigação havia sido encerrada pela Polícia Federal, que concluiu não haver indícios de crime. O arquivamento foi solicitado na época pelo então procurador-geral da República, Augusto Aras.

No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, questionou em maio de 2024 se o atual PGR manteria o arquivamento. Gonet, por sua vez, agora defende a continuidade da apuração.

Segundo o procurador-geral, há indícios de que a troca na direção-geral da PF, determinada por Bolsonaro, “possivelmente teve como real motivação a obtenção de informações privilegiadas sobre investigações sigilosas e a possibilidade de ingerências nos trabalhos investigativos que envolviam o Chefe do Poder Executivo Federal, seus familiares e aliados políticos”.

Para Gonet, é “imprescindível que se verifique com maior amplitude se efetivamente houve interferências ou tentativas de interferências nas investigações apontadas nos diálogos e no depoimento do ex-ministro, mediante o uso da estrutura do Estado e a obtenção clandestina de dados sensíveis”.

Com informações do G1 e do O Globo.

Fonte: NSC Total

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