15.03.2023 às 14:09h - atualizado em 15.03.2023 às 17:07h - Saúde

Aumento de casos de toxoplasmose gera alerta na saúde, em Iporã do Oeste

Marcos Herbert

Por: Marcos Herbert Iporã do Oeste - SC

Aumento de casos de toxoplasmose gera alerta na saúde, em Iporã do Oeste
Centro de Saúde de Iporã do Oeste (Foto: Arquivo/Peperi)

O número de casos de toxoplasmose vem aumentando em Iporã do Oeste nos últimos anos. A doença é transmitida pela contaminação da água, saladas e outros alimentos consumidos crus, em possível contato com fezes de gatos, raposas e de outros mamíferos.

O médico clínico geral da Unidade Básica de Saúde, Luiz Carlos Vargas Barbosa (CRM/SC 3942), destaca que apesar da doença acometer qualquer pessoa, a principal preocupação é com as mulheres grávidas, já que a toxoplasmose pode causar aborto, má formação cardíaca, cerebral ou até problemas de visão nos bebês.

Ele observa que os pacientes geralmente não apresentam muitos sintomas e que em muitos casos a doença só é descoberta através dos exames de sangue feitos pelas mulheres grávidas. Barbosa destaca que já existem crianças em tratamento atualmente no município, pois já nasceram com a doença transmitida de mãe para filho, através da placenta.

Nas demais pessoas adultas, o médico explica que os sintomas incluem febrícula, aparecimento de ínguas no pescoço ou virilhas e ainda problemas no fígado ou baço. Conforme ele, muitas pessoas não apresentam nenhum sintoma e por isso muitos casos positivos acabam não sendo notificados.

A principal orientação repassada pelo profissional da saúde é evitar que os animais domésticos defequem nas hortas ou arredores de casa, bem como fazer uma boa higienização dos alimentos, adicionando pastilhas de cloro na água ou deixando os alimentos submersos por 15 minutos no vinagre. Vale lembrar que o simples contato com os gatos não transmite a doença.

O médico da Unidade Básica de Saúde de Iporã do Oeste destaca que o número de casos registrados é expressivo no município e que apesar da doença não ser transmitida entre humanos, a Secretaria de Saúde já estuda ações para evitar que a toxoplasmose se torne uma epidemia, com consequências mais sérias para a população.

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